O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), apresentou os esclarecimentos ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), nesta segunda-feira (3), e afirmou que a megaoperação nos Complexos da Penha e do Alemão seguiu princípios constitucionais.
No documento, Castro contextualiza a origem e a complexidade da facção Comando Vermelho, justifica o uso proporcional de força devido à intensa resistência armada e detalha os resultados da operação. A ação realizada no último dia 28 deixou 121 mortos.
Segundo o relatório, 99 pessoas foram presas e houve a apreensão de armamentos pesados e duas toneladas de maconha. O governo também afirma que a operação observou rigorosamente as diretrizes constitucionais e as determinações da chamada ADPF das Favelas, incluindo o uso de câmeras corporais e o acompanhamento do Ministério Público.
O governo alega que as disputas territoriais entre o Comando Vermelho e facções rivais causaram uma corrida armamentista pesada e que o “movimento de resistência prisional consolidou uma ideologia de confronto ao Estado”.
O objetivo central da operação era capturar o líder do CV, Edgar de Andrade, mais conhecido como Doca. “A análise de inteligência evidenciou estrutura hierarquizada e funcional, com divisão de tarefas em diferentes escalões do tráfico”, diz.
O governo ainda justifica que, durante as ações policiais, os criminosos “enfrentaram abertamente as forças do Estado, utilizando armas de uso restrito e de emprego coletivo, como fuzis”.
Segundo o governo, foi estimado que cerca de 500 criminosos estariam na região e que muitos deles estavam camuflados e portavam armas de alto calibre. “Apenas as armas confiscadas têm valor superior a R$ 12 (doze) milhões”, diz.
O governo ainda diz que a operação contou com aproximadamente 2.500 agentes de segurança. No documento, Castro ainda diz que foi instaurado um inquérito para apurar possível fraude em relação à perícia dos corpos.
“A atuação estatal, diante de organizações criminosas de perfil narcoterrorista, constituiu exercício legítimo do poder-dever de proteção da sociedade, concretizando o princípio da legalidade e reafirmando o compromisso das forças de segurança pública com a legalidade, a transparência e a proteção dos direitos humanos, em estrita observância ao Estado Democrático de Direito e à defesa da vida”, conclui Castro no documento.
Um dos suspeitos de envolvimento no assassinato do prefeito de João Dias foi novamente apontado em outro crime, desta vez por associação criminosa. Segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Norte, o homem foi preso no Paraguai em 22 de agosto deste ano, junto a outros três investigados.
As investigações indicam que o suspeito continuava coordenando o grupo criminoso, determinando a prática de extorsões com o objetivo de arrecadar dinheiro para custear suas próprias despesas e mantendo as atividades da organização.
Além dele, outros dois homens tiveram mandados de prisão preventiva expedidos pelo mesmo crime. A Polícia Civil informou que ambos foram detidos — um em São Paulo e outro em Patu, no interior potiguar. Eles são apontados como executores diretos das ordens do líder, sendo responsáveis por cobranças, ameaças e pelo repasse dos valores obtidos de forma ilícita.
Após os procedimentos legais, os presos permaneceram à disposição do Poder Judiciário e do Ministério Público.
A operação foi coordenada pela 7ª Delegacia Regional de Patu, com o apoio da Polícia Civil de São Paulo (PCSP) e da 8ª Delegacia Regional de Alexandria, que atuaram na localização e captura dos suspeitos.
Relembre o caso
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte prendeu, no dia 22 de agosto deste ano, três suspeitos pelo assassinato do prefeito de João Dias, Marcelo Oliveira de Araújo, ocorrido em agosto de 2024.
As prisões ocorreram em Ciudad del Este, no Paraguai, durante uma operação internacional que contou com o apoio da Polícia Federal, da Divisão de Homicídios de Foz do Iguaçu (PR) e da Polícia Nacional do Paraguai.
Entre os detidos estão Damária Jácome de Oliveira, vice-prefeita à época do crime; Leidiane Jácome de Oliveira, vereadora e irmã de Damária; e Weverton Claudino Batista, apontado como intermediário na contratação dos executores. Os três estavam foragidos desde agosto do ano passado.
De acordo com a polícia, Damária e Leidiane teriam motivação política para ordenar o assassinato do prefeito, enquanto Weverton Claudino teria atuado no planejamento e na logística do crime.
Marcelo Oliveira, de 38 anos, era candidato à reeleição quando foi morto a tiros dentro de sua residência, em João Dias, município do interior potiguar com cerca de dois mil habitantes. O prefeito foi atingido por 11 disparos e chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
Durante o atentado, o pai do gestor, Sandi Alves de Oliveira, de 58 anos, também foi morto.
A Polícia Civil acredita que 14 pessoas participaram do crime. Cinco delas já haviam sido presas anteriormente, entre elas um pastor de 27 anos e um homem de 49, apontado como integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC).
A contagem regressiva para as eleições de 2026 já começou a movimentar o cenário político potiguar. A menos de um ano do pleito, o que se vê são as peças de um tabuleiro em rearranjo — e o epicentro dessas movimentações está dentro das próprias máquinas públicas. Secretários estaduais e municipais se preparam para deixar os cargos até o início de abril, prazo final para desincompatibilização, e mergulhar na disputa por mandatos.
O fenômeno, embora recorrente, ganha contornos estratégicos neste ciclo eleitoral. De um lado, o governo da governadora Fátima Bezerra (PT), que já se reorganiza diante da iminente saída do gabinete no Centro Administrativo para concorrer ao Senado. De outro, a Prefeitura de Natal, sob comando do prefeito Paulinho Freire (União Brasil), que já projeta uma ampla reforma do secretariado, com auxiliares próximos ensaiando voos eleitorais.
A expectativa é de uma “dança das cadeiras” no primeiro trimestre de 2026, com impacto direto na condução administrativa e na configuração das alianças políticas estaduais.
Segundo a legislação eleitoral, secretários e gestores públicos que pretendem disputar as eleições de 2026 devem deixar os cargos até 5 de abril, seis meses antes do primeiro turno, marcado para 4 de outubro de 2026.
No governo estadual, o planejamento de sucessão à cadeira de Fátima Bezerra se desenha dentro do próprio secretariado. O nome mais forte é o do atual secretário da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier (PT), que confirmou ao jornal sua intenção de disputar o Governo do Estado. “Nossa missão é defender o legado da governadora Fátima e apontar um futuro de ainda mais desenvolvimento no processo eleitoral de 2026”, afirmou o secretário, que está à frente da pasta desde o início da primeira gestão da petista.
Servidor de carreira e ex-presidente do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda (Comsefaz), Carlos Eduardo simboliza a aposta do PT em um perfil técnico, com trânsito político moderado.
Ao lado dele, a governadora deve perder outros nomes de peso: Marina Marinho, titular do Turismo e ex-prefeita de Jandaíra, que também confirmou que deve disputar uma vaga na Assembleia Legislativa. “Meu nome está à disposição do partido e do grupo da governadora Fátima. Quero representar o Mato Grande, uma região há décadas sem voz na Assembleia”, disse a gestora, que também defende mais representatividade feminina na política potiguar.
A lista inclui ainda Alan Silveira, que está à frente da pasta de Desenvolvimento Econômico e ex-prefeito de Apodi, que deve concorrer também à Assembleia pelo partido aliado, além de nomes com histórico eleitoral como Pedro Lopes (Administração) e Alexandre Motta (Saúde).
O cientista político Alan Lacerda, professor titular do Instituto de Políticas Públicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), avalia que essa multiplicidade de candidaturas dentro da estrutura do governo pode ser vista como um sinal de capilaridade da base, mas também de potencial tensão. “É natural que partidos aliados lancem seus nomes, mas há sempre o risco de dispersão de votos e disputa interna por espaço. No caso do RN, a aliança PT-MDB tem sido estável, mas a campanha de 2026 vai testar esses limites”, afirma.
Portas giratórias da política
Para Lacerda, o movimento de secretários que se lançam candidatos é um fenômeno já consolidado na política brasileira e que não costuma comprometer a gestão pública. “A desincompatibilização é normal e recorrente. Não há evidência de que isso afete a continuidade das políticas, até porque faz parte do padrão de ‘porta giratória’ da política nacional — onde um gestor pode sair do Executivo, disputar um mandato e, mais tarde, retornar à máquina pública”, explica.
Ele acrescenta que o modelo brasileiro de transição entre cargos favorece o Executivo e poderia ser revisto. “Em alguns países, um parlamentar que assume cargo no governo precisa renunciar ao mandato. Aqui, não. Essa discussão existe, mas a classe política não tem interesse em avançar nela”, avalia.
Prefeitura repete o movimento
Na Prefeitura de Natal, o desenho é semelhante. A secretária de Assistência Social, Nina Souza (Semtas) — vereadora licenciada e esposa do prefeito Paulinho Freire (União Brasil) — deve deixar o cargo para disputar uma vaga na Câmara Federal.
Embora evite falar publicamente sobre a pré-candidatura, Nina confirmou em agosto uma aliança com o presidente da Câmara Municipal, Eriko Jácome, formando a chamada “casadinha”: ela para deputada federal, ele para deputado estadual.
O acordo é visto como um movimento de preservação e fortalecimento do grupo político do prefeito Paulinho Freire, que encerra o mandato em 2026 e busca manter representação em Brasília.
“No caso de Nina, o movimento é claramente de substituição da vaga do marido. O União Brasil deve tentar repetir o desempenho de 2022, quando elegeu dois deputados federais”, analisa o cientista político Alan Lacerda.
Além de Nina, outros nomes com trajetória eleitoral também devem deixar o secretariado municipal, como Brenno Queiroga (Semad) e Felipe Alves (Semsur), o que deve forçar o prefeito a promover uma minirreforma administrativa.
Efeitos políticos e administrativos
O uso de cargos públicos como vitrine eleitoral é uma estratégia conhecida — e eficaz. Estar à frente de uma secretaria, especialmente em áreas visíveis como saúde, assistência social ou turismo, amplia a exposição de um pré-candidato e facilita a construção de bases.
O risco, porém, é administrativo: as trocas em bloco tendem a criar períodos de instabilidade e descontinuidade de políticas públicas. “É o preço da politização da gestão”, avalia Lacerda.
No caso do Rio Grande do Norte, a coincidência de movimentos em esferas estadual e municipal — ambos com secretários de perfil eleitoral — reforça o tom de transição que já domina o ambiente político potiguar.
Cenário de incertezas
Com a governadora Fátima Bezerra mirando o Senado e o PT lançando seu principal gestor para a sucessão, o pleito de 2026 tende a polarizar novamente o campo progressista e a direita potiguar, hoje dividida entre Republicanos, União Brasil e PL.
“A eleição de 2026 será mais competitiva do que a de 2022. O PT deve manter força, mas o União Brasil e o MDB ainda têm espaço para crescer. Já o PL, que elegeu quatro federais em 2022, dificilmente repetirá o desempenho”, projeta Lacerda.
O que está em jogo, portanto, vai além da disputa de nomes: é a tentativa de reorganizar os blocos de poder no Estado, em um momento de reposicionamento nacional dos partidos e redefinição de lideranças locais.
Até lá, cada exoneração e cada anúncio de candidatura serão peças estratégicas nesse xadrez que já começou a se mover — um jogo em que os bastidores da gestão pública e as articulações eleitorais se confundem, como há muito não se via no Rio Grande do Norte.
Considerada uma das etapas mais temidas do Enem, a redação exige que o candidato produza um texto dissertativo argumentativo em até 30 linhas, sobre um tema de relevância social, cultural, científica ou política. O desafio não é pequeno: além de defender uma tese com clareza e coesão, o estudante precisa mobilizar repertório sociocultural, construir bons argumentos e ainda propor uma intervenção para o problema apresentado, sempre em conformidade com os direitos humanos.
Na prática, isso significa que não basta “escrever bem”. A redação avalia a capacidade de organizar ideias, relacionar informações e usar a norma culta de forma consistente, tudo dentro de um tempo limitado. É justamente por isso que a preparação faz tanta diferença: treino, estratégia e familiaridade com a estrutura do texto são fatores decisivos para alcançar uma nota alta.
Em 2025, a estudante Anna Beatriz Rebouças Veríssimo, de 21 anos, alcançou a nota 1000 na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e obteve a primeira colocação geral para o curso de Medicina na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern). Ela integrou o seleto grupo de apenas 12 estudantes em todo o país que atingiram a pontuação máxima na redação na última edição do exame.
Ela revelou não esperar a nota 1000 na redação do Enem, atribuindo o feito à sua autenticidade ao evitar modelos de texto prontos e à uma intensa rotina de preparação. Detalhando sua metodologia, Anna Beatriz confessou que nem sempre conseguia produzir uma redação por semana, mas destacou os simulados como uma ferramenta indispensável para desenvolver estratégia de prova e, principalmente, para aprender a gerenciar o tempo. Ao final, a estudante aconselhou futuros candidatos a investirem na leitura constante de livros e revistas para ampliar o repertório e se manterem atualizados, além de buscarem a melhoria contínua de seus textos.
Clara Lococo Fernandes, de 18 anos, conquistou 940 pontos na redação do Enem 2024, que trouxe como tema “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”. Durante o último ano do Ensino Médio, ela estruturou uma rotina de estudos bastante rigorosa, intercalando aulas de redação na escola com treinos em casa. “Eu escrevia duas redações por semana: uma sem consulta, simulando o dia da prova, e outra consultando repertórios e redações de nota máxima. Esse equilíbrio me ajudou a ganhar confiança e melhorar a qualidade dos meus textos”, conta.
Clara acredita que a estratégia de estudar repertórios socioculturais aplicáveis a diferentes temas foi decisiva para o resultado. “Treinar repertórios chave economiza tempo e diminui a dificuldade de escrever na hora da prova. Além disso, seguir um modelo específico de organização, com frases introdutórias, conectivos e uma proposta de intervenção bem estruturada, dá segurança e clareza ao texto”, explica. Para ela, mais do que inspiração, a redação exige método e disciplina.
No dia do exame, a aluna optou por escrever a redação logo no início, reservando cerca de 1h10 — tempo que já havia treinado nas semanas anteriores. A estratégia funcionou, mas exigiu atenção no desfecho.
Clara reconhece que gostar de escrever pode facilitar o processo, mas não considera isso determinante para o desempenho. “Eu gosto de escrever, mas não é algo que faço como hobby. O que realmente fez diferença foi entender o formato da redação do Enem, treinar bastante e aprender a relacionar meus conhecimentos com a proposta”, aponta.
Aos 18 anos, Letícia Garcia de Toledo alcançou 940 pontos na redação na edição do Enem do ano passado. Sua preparação foi relativamente curta, mas intensa: durante seis meses, ela treinava uma redação por semana, sempre com temas de anos anteriores, além de contar com aulas particulares de redação. “Também montei um repertório de argumentos por área temática, o que me ajudava a adaptar as ideias para quase qualquer proposta”, explica.
A estudante reforça que a prática constante e o conhecimento das regras da prova foram determinantes para o bom desempenho. “Conhecer bem os critérios de correção do Enem é importante, porque você entende o que a prova valoriza e evita deslizes bobos”, afirma. Embora nunca tivesse gostado muito de escrever, Letícia decidiu encarar o desafio. “Acho que gostar de escrever ajuda, mas não é o suficiente. Na minha opinião, o que realmente conta é entender o gênero, treinar bastante e se acostumar ao formato.”
A Caern vai realizar na próxima semana a limpeza programada de cinco reservatórios na região Seridó, sendo dois em Caicó e três na cidade de Currais Novos. Para realizar a ação, que contribui com a qualidade da água distribuída, será necessário suspender o abastecimento de água das 7h às 19h, de acordo com o seguinte cronograma:
Na terça (4) e quarta (5) serão higienizados os reservatórios da Estação de Tratamento de Água de Caicó, que vai afetar o abastecimento de toda a cidade, com a interrupção do abastecimento de água a partir das 7h da manhã da terça até às 19h da quarta. A normalização se dará até dia 10 de novembro para os imóveis afetados.
A parada do sistema de Caicó também afetará a cidade de São Fernando, porque será necessário suspender o sistema adutor Manoel Torres, com a normalização em até quatro dias após religado o sistema na quarta-feira (5) à noite.
Na quinta (6) e sexta – feiras (7) é a vez da cidade de Currais Novos, com a interrupção do abastecimento de água a partir das 7h da manhã até às 19h. Toda a cidade será afetada na quinta e, na sexta-feira (7), apenas as áreas de LL e setores Lares de Santana.
Após finalizado o serviço, o sistema é religado e a normalização para todos os imóveis se dará gradualmente até 10 de novembro.
O Projeto Raízes Vivas, uma iniciativa da “APADEVI – Associação das Pessoas com Deficiências Visuais, realizou duas importantes ações nesta sexta-feira (31/10/25), com o apoio do Fundo Municipal do Idoso e patrocínio do Instituto Neoenergia Cosern”. As atividades celebraram a cultura popular, a inclusão e o cuidado com a saúde emocional, reunindo participantes em momentos de aprendizado e troca.
Às 14hs, no “Sindicato dos Professores do Rio Grande do Norte”, aconteceu a “Oficina de Construção de um Cordel Inclusivo”. A atividade envolveu pessoas com deficiência visual, educadores e membros da comunidade, que exploraram a arte do cordel como forma de expressão acessível e valorização das raízes culturais nordestinas. A oficina proporcionou momentos de criatividade e integração, reforçando o compromisso do projeto com a inclusão e o protagonismo das pessoas com deficiência.
Encerrando o dia, à noite, o projeto promoveu o “encerramento das ações do Outubro Rosa” com a palestra “Cuidar de quem Cuida”, ministrada pela psicóloga “Maria do Céu Pontes”. O encontro abordou a importância do autocuidado físico e emocional, especialmente para quem exerce papéis de cuidado, como familiares, profissionais da saúde e educadores. O evento emocionou os participantes e reforçou a importância de olhar com atenção para quem dedica seu tempo e energia ao cuidado do outro.
As duas ações fazem parte das atividades do “Projeto Raízes Vivas”, que tem como objetivo fortalecer o vínculo comunitário, promover a inclusão social e valorizar a cultura local, com foco nas pessoas idosas e com deficiência visual.
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, passou uma audiência nesta segunda-feira (3) no Supremo Tribunal Federal (STF) e retirou a tornozeleira eletrônica.
Durante a audiência, Cid recebeu as orientações que deverá seguir durante o cumprimento da pena de dois anos de prisão em regime aberto pela condenação na ação penal do Núcleo 1 da trama golpista. O procedimento foi conduzido por Flavia Martins de Carvalho, juíza auxiliar do ministro Alexandre de Moraes.
Na semana passada, Moraes determinou o início do cumprimento da condenação. Por ter assinado acordo de delação premiada durante as investigações, Cid não ficará preso.
O militar está proibido de sair de Brasília e deverá cumprir recolhimento domiciliar entre as 20h e as 6h. O recolhimento deverá integral nos finais de semana, ou seja, ele não poderá sair de casa.
Cid também está proibido de portar armas, utilizar as redes sociais e se comunicar com investigados nos processos sobre a trama golpista.
Por ter delatado os fatos que presenciou durante o período em que trabalhou com Bolsonaro, Mauro Cid passará usufruir dos benefícios da delação, deixará de usar tornozeleira eletrônica e poderá ter escolta de agentes da Polícia Federal para fazer a sua segurança e de familiares. Os bens dele também vão ser desbloqueados.
No dia 11 de setembro, por 4 votos a 1, a Primeira Turma do STF condenou Cid, Bolsonaro e mais cinco réus pelos crimes de crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
Ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem foi condenado somente pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Deputado federal em exercício, ele foi beneficiado com a suspensão de parte das acusações e respondia somente a três dos cinco crimes imputados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Os recursos de Bolsonaro e demais acusados serão julgados pela Primeira Turma da Corte a partir do dia 7 de novembro.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão da comercialização, distribuição, fabricação, propaganda e uso de todos os cafés da marca Vibe Coffee, do Espírito Santo. A medida foi anunciada na segunda-feira (3), após o produto passar por uma inspeção sanitária.
Segundo a agência, a Vibe Coffee não tem licença sanitária, bem como regularização dos produtos. A empresa também apresentou falhas graves de boas práticas de fabricação, como a ausência de rastreabilidade, a ausência de procedimentos operacionais padrão e condições inadequadas de higienização.
Em comunicado, a Vibe Coffee defendeu que não possui qualquer auto de infração, notificação ou processo administrativo junto ao órgão. Disse, ainda, que foi a própria empresa quem solicitou uma inspeção da Vigilância Sanitária do Espírito Santo, “com o objetivo de obter orientações técnicas para a emissão do alvará sanitário”.
“Portanto, não se tratou de denúncia, mas de uma iniciativa voluntária da própria Vibe Coffee. Durante a inspeção, foram identificadas algumas irregularidades estruturais e ausência de determinados Procedimentos Operacionais Padrão (POPs). De imediato, a empresa suspendeu suas atividades para realizar as obras e adequações necessárias”, disse.
A expectativa da empresa é que as ações sejam concluídas até sexta-feira (7). Após as correções, as evidências serão encaminhadas à Vigilância Sanitária Estadual para reavaliação e liberação do retorno das operações. “A Vibe Coffee é uma empresa familiar, cuja produção atual é inferior a 200 kg de café por mês, reforçando seu caráter artesanal e de pequeno porte”, reforçou.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) marcou nesta segunda-feira (3) datas do julgamento que vai analisar denúncia contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP): de 14 de novembro, às 11h, a 25/11, às 23h59, no plenário virtual, em que ministros votam de forma remota.
Colegiado vai decidir, nesse período estipulado, se recebe ou não denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o parlamentar, acusado de coação no processo da tentativa de golpe de Estado. Caso acusação seja aceita, o STF abre uma ação penal e Eduardo vira réu. Julgamento de mérito, com condenação ou absolvição, ocorre em outro momento.
Participam do julgamento ministros Alexandre de Moraes, relator do processo, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino. A Primeira Turma está desfalcada de um integrante desde Luiz Fux pedir transferência para a Segunda, o que não impede atividades do colegiado.
Eduardo Bolsonaro mora nos Estados Unidos desde o começo do ano e tem articulado, segundo a PGR, sanções contra autoridades brasileiras, com objetivo de atrapalhar julgamento da tentativa golpista. Tarifaço de 50% imposto pelos EUA a exportações nacionais também teria sido resultado da atuação dele e do blogueiro bolsonarista Paulo Figueiredo junto ao governo norte-americano.
Figueiredo foi denunciado pela PGR, mas caso dele segue em separado e será analisado depois. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão. Outros membros do governo passado também receberam condenação da Primeira Turma do STF, incluindo ex-ministros e ex-comandantes das Forças Armadas.
Na semana passada, a Defensoria Pública da União (DPU), responsável pela defesa do deputado, pediu rejeição da denúncia.
A defesa e o acolhimento das mulheres potiguares ganham reforço no Seridó. A Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ProMulher/ALRN), sob o comando da procuradora e deputada estadual Cristiane Dantas (SDD), avança na interiorização das ações de enfrentamento à violência doméstica com a instalação de mais Procuradorias Municipais da Mulher na região.
Amanhã, dia 4 de novembro, serão instaladas as unidades de Acari, Carnaúba dos Dantas e Caicó, esta última com a participação da promotora de Justiça Érica Canuto, referência no combate à violência doméstica no RN. Já no dia 12, será a vez de Currais Novos e Jucurutu receberem oficialmente o órgão de proteção e fiscalização dos direitos femininos.
Com essas inaugurações, o estado do RN alcançará a marca de 48 Salas Lilases implementadas em parceria com os Legislativos municipais, ampliando a rede de acolhimento, escuta qualificada e articulação institucional em defesa das mulheres.
Para a procuradora Cristiane Dantas, a expansão representa um passo decisivo para transformar realidades e salvar vidas. “Cada nova sala lilás é uma porta aberta para o apoio, para a coragem e para a reconstrução de histórias. Estamos garantindo que as mulheres do Seridó tenham acesso imediato à proteção e aos seus direitos, sem precisar sair de suas cidades”, afirma.
A iniciativa fortalece a conexão entre o Legislativo estadual e os municípios, estimulando ações preventivas, campanhas educativas e articulação com segurança pública, assistência social, saúde e sistema de justiça — elementos essenciais para romper ciclos de violência ainda tão presentes no cotidiano potiguar.
O presidente da Confederação Brasileira de Pesca e Aquicultura (CBPA), o potiguar Abraão Lincoln Ferreira da Cruz, foi preso em flagrante nesta segunda-feira (3) após seu depoimento à CPMI do INSS, em Brasília. Inicialmente, Abraão preferiu permanecer em silêncio, amparado por um habeas corpus concedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, que lhe garantia o direito de não se autoincriminar.
Convocado como testemunha, ele recusou-se a assinar o termo de compromisso de dizer a verdade, alegando ser tratado como investigado. Durante a oitiva, o relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar, apontou quatro situações em que o depoente teria mentido ou omitido informações, contrariando provas apresentadas por senadores.
As investigações apuram desvios milionários e fraudes em convênios e repasses previdenciários, que teriam prejudicado milhares de aposentados e pensionistas. Segundo o relator, Abraão Lincoln “faltou com a verdade” e cometeu falso testemunho, levando o presidente da CPMI a determinar sua prisão em flagrante, com base no artigo 342 do Código Penal.
Em discurso, o presidente da comissão afirmou que o país presenciou “um retrato que dói”, denunciando um esquema que desviou R$ 221 milhões e lesou “viúvas, órfãos e aposentados”. A CPMI marcou nova sessão para o dia 7 de novembro, quando será ouvido o ex-ministro Onyx Lorenzoni.
As apurações também envolvem crimes ambientais e fraudes no setor pesqueiro, como pesca ilegal, falsificação de documentos e a atuação de uma organização criminosa com ramificações no Ministério da Pesca e no Ibama. Segundo a Polícia Federal, mais de 240 toneladas de pescado ilegal já foram apreendidas no curso das investigações.
Um grave acidente foi registrado no final da manhã desta segunda-feira (03) na estrada que liga São Vicente a Florânia. De acordo com as informações iniciais, dois veículos colidiram frontalmente, deixando um cenário de destruição na pista.
Um dos condutores morreu no local, preso às ferragens, antes mesmo da chegada do socorro. A outra vítima foi resgatada com ferimentos e encaminhada para o Hospital Regional Mariano Coelho, em Currais Novos. A vítima fatal foi o empresário Antônio Inácio de Maria Neto (Antônio de Agenor).
Equipes da Polícia Militar, SAMU e do Corpo de Bombeiros foram acionadas para controlar o trânsito e realizar os procedimentos de resgate e remoção das vítimas. As causas do acidente ainda serão investigadas pelas autoridades competentes.
O cantor e compositor Lô Borges morreu em Belo Horizonte, aos 73 anos, na noite deste domingo (2). A informação foi confirmada nesta segunda-feira (3) pelo Hospital Unimed e pela família do artista.
Em boletim médico, o hospital informou com pesar que o falecimento ocorreu às 20h50 deste domingo, em decorrência de falência múltipla de órgãos. “A Unimed-BH se solidariza com a família, amigos e fãs pela irreparável perda para a música brasileira”, completa a nota.
O artista mineiro estava internado desde o dia 17 de outubro tratando um quadro de intoxicação medicamentosa.
No dia 25 de outubro, o cantor passou por uma traqueostomia, procedimento o caracterizado pela abertura que os cirurgiões fazem na parte frontal do pescoço e na traqueia, logo abaixo do pomo-de-adão.
Os cirurgiões inserem um tubo de traqueostomia na abertura para mantê-la aberta para respiração, permitindo a passagem do ar.
Além do procedimento delicado, Lo respirava com ajuda de ventilação mecânica. Ele ficou cerca de 18 dias internado até o seu falecimento, nesta segunda-feira (3).
Nas redes sociais, amigos e fãs prestaram homenagens ao artista, relembrando a trajetória e obras do cantor.
Carreira O artista foi um dos fundadores do Clube da Esquina, movimento musical brasileiro surgido em Belo Horizonte entre o final dos anos 1960 e o início dos anos 1970. O grupo reuniu diversos músicos e compositores de destaque, como Milton Nascimento, Beto Guedes e Toninho Horta, entre outros.
O Clube da Esquina nasceu quando Milton Nascimento, ainda jovem, mudou-se para o Edifício Levy, onde conheceu os irmãos Márcio, Marilton e o então garoto Lô Borges. Os quatro tornaram-se amigos e começaram a tocar juntos, criando um som único que mesclava influências do rock, da música folk e da música brasileira.
O resultado do movimento é um dos discos mais famosos do Brasil: “O Clube da Esquina”, lançado em 1972. Alguns anos depois, veio “Clube da Esquina 2”, de 1978.
Lô Borges acumula sucessos na sua carreira, como os singles “Um Girassol da Cor do Seu Cabelo”, “Paisagem Da Janela” e “O Trem Azul”.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou neste domingo (2) com moradores da comunidade do Jamaraquá, que reúne cerca mais de mil famílias de extrativistas e ribeirinhos, na Floresta Nacional (Flona) do Tapajós, que fica no Oeste do Pará. A visita faz parte de uma série de agendas prévias à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que acontecerá no período de 10 a 21 de novembro, em Belém, no Pará.
Antes disso, nos próximos dias 6 e 7 de novembro, Lula vai presidir a Cúpula do Clima, que reunirá dezenas de chefes de Estado na capital paraense. Por isso, ao longo da próxima semana, o presidente permanecerá no estado. Aos ribeirinhos, ele discursou valorizando a oportunidade que a cúpula oferece de dar visibilidade à Amazônia e fazer o mundo ter um olhar diferente, que vai além da preservação da natureza.
“Essa COP30 é um momento único na história do Brasil, porque é um momento em que a gente está obrigando o mundo a olhar a Amazônia com os olhos que deve olhar para a Amazônia. Não é só pedir para a gente manter a floresta em pé”, disse.
“É preciso pedir para que a gente mantenha a floresta em pé e para ela ficar em pé, nós temos que dar sustentação econômica, educacional, de saúde para as pessoas que tomam conta dessa floresta em pé, porque essas pessoas não ganharam o que comer, as pessoas não vão tomar conta de nada”, acrescentou.
Próxima a Alter do Chão, a comunidade do Jamaraquá também é reconhecida pelo turismo de base comunitária, com trilhas por dentro da floresta e dos igarapés, e ainda pela fabricação de biojóias.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, também participou da visita. Segundo ela, o estilo de vida das famílias da região protege a floresta. “Aqui é exemplo de bioeconomia, aqui é exemplo de sociobiodiversidade, aqui é exemplo de como mantém a floresta em pé e ela gera condições de vida e dignidade para as pessoas”, disse.
“Aqui tem os extrativistas, aqui tem os artesãos e as artesãs, aqui tem os seringueiros e seringueiras, aqui são muitas as atividades que eles vão combinando ao longo do ano”, completou.
Segundo ela, os ribeirinhos sabem respeitar o clico da floresta, mantém a mata de pé por gerações, o que da dignidade às famílias. Segundo a ministra, a Flona do Tapajós reúne 1,2 mil famílias distribuídas em uma área de mais de 500 mil hectares preservados.
Fachada do Congresso Nacional, a sede das duas Casas do Poder Legislativo brasileiro.
As cúpulas abrigam os plenários da Câmara dos Deputados (côncava) e do Senado Federal (convexa), enquanto que nas duas torres – as mais altas de Brasília, com 100 metros – funcionam as áreas administrativas e técnicas que dão suporte ao trabalho legislativo diário das duas instituições.
Obra do arquiteto Oscar Niemeyer.
Foto: Leonardo Sá/Agência Senado
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai gastar 57% a mais do que o previsto para uma reforma geral na Praça dos Três Poderes, em Brasília. A obra, que deve começar ainda em novembro, vai custar R$ 34,7 milhões, mais de R$ 12 milhões acima dos R$ 22 milhões anunciados em abril.
A obra será bancada com verbas da Petrobras e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por meio da Lei Rouanet.
Responsável pela reforma, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) informou que o valor cresceu por causa de “ajustes posteriormente feitos”. Foram incluídos no gasto global custos de administração da obra e de um projeto cultural que abrange “extenso programa de educação patrimonial”, além de uma “exposição móvel” e “outras atividades” (leia mais abaixo).
A praça era responsabilidade do governo do Distrito Federal. O governo Lula decidiu assumir a tarefa de revitalizá-la depois que a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, fez críticas à conservação do local, em 2024.
O espaço, de fato, está deteriorado há anos, apesar de sua importância simbólica e arquitetônica. Idealizada por Lúcio Costa e projetada por Oscar Niemeyer no projeto original de Brasília, a praça fica no centro dos palácios sede dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
O governo gastou R$ 744.685,11 com um escritório de arquitetura de Santa Catarina que elaborou o projeto executivo. O próximo passo é a obra em si. A previsão é concluir uma primeira etapa em 2026.
O governo federal retirou da administração distrital a responsabilidade pela obra ao incluir a reforma no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A revitalização da praça foi um dos 105 projetos de preservação do patrimônio histórico contemplados.
Recentemente, a Praça dos Três Poderes foi palco dos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 e de uma tentativa de explosão de bomba contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Nela está, entre outras instalações, a Chama Eterna da Democracia, monumento que simboliza a liberdade e a democracia no Brasil.
A reforma consistirá em recuperação completa do piso e de estruturas comprometidas, restauro das obras de arte e monumentos, a revitalização dos espaços culturais e a modernização da iluminação da praça. Segundo o projeto, o espaço terá ainda espaços de convivência com bancos e cobertos.
Também estão contemplados: instalação de câmeras de segurança, iluminação, melhorias na acessibilidade para pessoas com deficiência, sinalização visual e turística.
As características do projeto foram apresentados pelo presidente do Iphan, Leandro Grass, em um evento realizado em abril durante comemorações dos 65 anos de Brasília.
Na ocasião, ele anunciou a estimativa de R$ 22 milhões e prazo de início das obras até julho deste ano, o que não foi cumprido. “A Praça dos Três Poderes é a praça mais importante do Brasil, pois reúne os três poderes e representa a democracia e a inclusão social”, disse.
Em comunicado sobre o início da obra, publicado ontem, 1º, o Iphan e o Ministério da Cultura, pasta à qual o órgão é ligado, reforçaram o peso simbólico da reforma. “Iniciar este restauro reafirma nosso compromisso com a memória e com o futuro do país. Depois dos ataques que feriram este espaço, hoje celebramos reconstrução, cuidado e democracia. Com apoio da Lei Rouanet, garantimos preservação, acessibilidade, respeito ao projeto original e devolver ao povo brasileiro um espaço que sempre lhe pertenceu”, disse a ministra Margareth Menezes, da Cultura.
Em nota à reportagem, o Iphan afirmou que os R$ 34,7 milhões serão captados via Lei Rouanet. A diferença para a estimativa anunciada inicialmente se deu pela inclusão de custos de administração da obra e de um projeto cultural que vai acompanhá-la. Só este projeto terá custo de R$ 5.019.583,79.
“O valor de R$ 22 milhões mencionado em abril não incluía o projeto cultural e educativo, ajustes posteriormente feitos, além da administração da obra”, disse o Iphan, em nota.