BRASÍLIA – O Brasil ultrapassou pela primeira vez a marca de US$ 100 bilhões exportados à China, afirmou nesta sexta-feira, 5, a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres. O montante é o maior valor já exportado pelo Brasil a um parceiro comercial. Foram US$ 105,7 bilhões em vendas ao país asiático no ano passado, alta de 16,5% em comparação com 2022.
Segundo o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Herlon Brandão, as exportações de minério de ferro em 2023 surpreenderam “muito”. Ele apontou que a China continuou demandando o produto brasileiro, mesmo como a economia do país asiático apresentando um comportamento mais fraco.
Em 2023, o valor total de exportação de minério de ferro e seus concentrados cresceu 5,5%, puxado pela alta de volume vendido, de 10%, contra um recuo nos preços de 4,1%.
Brandão também ressaltou o crescimento das exportações para a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), que corresponderam a 7,2% das vendas brasileiras ao exterior no ano passado — número maior que o do Mercosul, que ficou com participação de 6,9% das exportações.
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados nesta sexta, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 9,36 bilhões em dezembro, o que levou o País a fechar com US$ 98,838 de saldo em 2023 — resultado recorde, 60,6% maior que o registrado em 2022.
O valor do ano passado foi alcançado com exportações de US$ 339,673 bilhões (alta de 1,7% ante 2022) e importações de US$ 240,835 bilhões — recuo de 11,7% ante o ano anterior.
A pasta projeta para 2024 um novo recorde para as exportações, com valor US$ 348,2 bilhões, alta de 2,5% em relação ao resultado de 2023. Segundo Tatiana Prazeres, a previsão de novo recorde de exportações em 2024 é feita mesmo num cenário externo mais desafiador para a economia global.
Para ela, apesar de haver uma “interrogação” em relação aos preços, a expectativa é de que o recorde seja alcançado especialmente em razão do aumento de volume exportado. “A estimativa de aumento de exportações está relacionada, sobretudo, ao aumento de quantidade exportada”, disse.
A chegada do verão, estação mais quente do ano, acende um alerta: os casos de afogamento de crianças aumentam. Entre os meses de dezembro e março são registradas quase metade (45%) das ocorrências do ano todo no Brasil.
Dados do Boletim Epidemiológico de Afogamentos no Brasil, divulgados pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), mostram que afogamento é a primeira causa de morte de crianças com idades entre 1 e 4 anos no país, e 50% desses casos ocorrem dentro de casa.
Ainda segundo o levantamento, a cada três dias uma criança morre afogada no país. Dentro desse cenário, segundo o levantamento, 15 brasileiros morrem por dia afogados.
O aumento da temperatura não apenas atrai mais pessoas para atividades aquáticas, mas também pode levar a um relaxamento nas medidas de segurança.
E, quando falamos desses acidentes com crianças, os perigos muitas vezes estão em casa. Piscinas, baldes, bacias, banheiras e até mesmo o tanque de lavar roupas podem ser locais propícios para o afogamento.
“Os pais olham para dentro de casa e não conseguem enxergar que um balde pode matar, que um tanque de roupa cheio d’água, uma máquina de lavar, banheira, uma privada, uma cisterna aberta, uma caixa d’água e a própria piscina colocam em risco a vida das crianças”, diz o Secretário Geral da Sobrasa, David Szpilman, que também é médico e atua em terapia intensiva e clínica médica.
E se engana quem pensa que um local ou recipiente com poucos centímetros de água não apresenta riscos. Como as crianças pequenas ainda estão em formação e não possuem total controle sobre seus movimentos, é possível que ela se desequilibre e caía com o rosto na água, não conseguindo sair da situação.
A morte por afogamento acontece por asfixia devido à aspiração de líquido, que obstrui as vias aéreas, como traqueia e pulmões. Essa obstrução causa a falta de oxigênio no sangue.
“O pulmão tem a função de trocar oxigênio, então a gente respira, pega o oxigênio e manda para todo o corpo para alimentar as células. Quando você tem água nessa via aérea, você impede ou dificulta essa extração do oxigênio do ar ambiente e com isso você morre por falta de oxigênio, por dificuldade de respiração”, acrescenta Szpilman.
Além do afogamento poder levar a criança à morte, em casos em que a criança é socorrida e sobrevive há o risco de sequelas neurológicas graves, como diminuição da coordenação motora, convulsões e até mesmo tetraplegia.
Dicas para evitar afogamentos de crianças Evitar deixar recipientes com água e ficar de olho nos pequenos ainda são as melhores maneiras de evitar mortes por afogamentos em crianças.
A Sobrasa e o Corpo de Bombeiros possuem cartilhas com dicas para evitar esse tipo de acidente.
Veja algumas delas:
Áreas de serviço, banheiros, quintais com piscinas devem ter acesso restrito Mantenha a tampa do vaso sanitário abaixada e, se possível, lacrada com um dispositivo de segurança; Bacias, baldes ou piscinas infantis devem permanecer esvaziados quando não estão sendo usados Nunca deixe crianças sozinhas, principalmente dentro ou próximas da água Coloque colete salva-vidas nos pequenos quando eles forem brincar na piscina Evite deixar brinquedos e outros atrativos próximos à piscina Em caso de acidentes chame um serviço de emergência como SAMU (192), ou Corpo de Bombeiros (193).
Caso o afogamento ocorra em piscina, segundo Szpilman, é possível fazer os primeiros socorros enquanto se aguarda a chegada do serviço de emergência.
Para isso, deve-se retirar a criança da água e colocá-la em uma superfície reta e plana, como o chão, por exemplo.
“A primeira coisa é ver se há resposta dessa vítima, então, sacuda pelo ombro e pergunte se ela ouve algo. Se essa pessoa não responde, é preciso estender o pescoço dela, abrir as vias aéreas e ver, ouvir e sentir se tem respiração. Não tem respiração, ou está na dúvida, você vai fazer cinco ventilações boca a boca. Se não tiver resposta é necessário fazer 30 compressões no peito. E aí vai alternar essas 30 compressões com duas ventilações até que o socorro chegue”, detalha o médico.
Após o vice-campeonato com a Seleção brasileira na Copa do Mundo de 1998, na França, Mario Jorge Lobo Zagallo, voltou a comandar um time no ano seguinte. E o clube escolhido foi a Portuguesa, único time paulista que Zagallo treinou. O treinador ficou no Canindé por apenas 10 meses, tendo como melhor resultado em campeonato um quinto lugar no Paulistão de 1999. Zagallo comandou o time da Cruz de Avis em 44 jogos, com 21 vitórias, 9 empates e 14 derrotas.
A Portuguesa irá homenagear o treinador, neste domingo (07), em partida contra o Goiás, pela segunda rodada da Copa São Paulo de Futebol Junior. O time Rubro-Verde usará um sinal de luto em sua camisa em referência a Zagallo.
O time paulista divulgou uma nota em suas redes sociais, na manhã deste sábado (06), ressaltando a passagem de um dos maiores personagens da história do futebol brasileiro pelo Canindé.
“Um dos maiores personagens da história do nosso esporte que em 1999, assumiu a função de treinador da Portuguesa entre janeiro e outubro”, disse.
Na tarde desta sexta-feira (05), o deputado federal João Maia (PP/RN) esteve em Currais Novos, conhecendo de perto o trabalho realizado pela Escola de Futebol Do Ninha. O projeto funciona com aulas de futebol nas Categorias sub 7 e sub 9, tendo como missão atender mais de 200 crianças, proporcionando além do desenvolvimento esportivo, também o desenvolvimento educacional e social.
Para João Maia, foi mais do que uma visita institucional, foi uma experiência emocionante. “Fiquei verdadeiramente feliz em presenciar esse projeto excepcional ao lado do vereador Daniel Bezerra. Agradeço imensamente pela oportunidade de fazer parte desse momento especial ao lado desses jovens atletas cheios de determinação. Que esse projeto continue crescendo e impactando cada vez mais vidas! Juntos somos mais fortes na construção de um futuro promissor para as nossas crianças”, declarou João Maia.
Alô vaquerama de Currais Novos e região, acontecerá nesse próximo final de semana no Povoado São Sebastião em Currais Novos, o I Festival de Violeiros e a Cavalgada de São Sebastião.
PROGRAMAÇÃO
Sábado (13/01) 16H – Feirinha de São Sebastião; 17H – Apresentação de Violeiros e Repentistas; 20H – Show Musical com Rodrigo Potyguar e José Lúcio;
Domingo (14/01) 8H – Cavalgada de São Sebastião (café da manhã e saída na Comunidade São João, casa de Gorducha); 12H – Feijoada e Almoço; (R$:15,00) 12H – Show Musical com Messias Paraguai; 15H – Show Musical com a Banda Rela Bucho.
Apoio: Deputado Ubaldo Fernandes Vereador Daniel Bezerra VVC Distribuidora de Bebidas Cerveja Heisengah
O Mundo Bita está prestes a receber um novo personagem muito especial. Léo, um adorável garoto de oito anos, vai se juntar, em breve, ao universo do amigão de bigode laranja como um novo amigo da turminha composta por Tina, Lila, Dan e Tito. O pequeno é uma criança autista e vai compartilhar uma jornada de descobertas e amizades em um dos novos episódios da série “Imagine-se” que estão previstos para estrear na HBO Max e no Cartoonito em 2024, no Abril Azul, período dedicado à conscientização do autismo.
Segundo Chaps, criador e um dos sócios da Mr. Plot, produtora responsável pela animação, o objetivo é inspirar os fãs e espectadores de que a diversidade enriquece a vida das crianças. “Queremos mostrar que, ao compreender o outro e dar espaço para que ele se sinta confortável no grupo, é possível incentivar a convivência. A chegada de Léo reforça o nosso compromisso com a inclusão, que é parte fundamental das narrativas do Mundo Bita”, afirma.
O Comando do Pessoal de Fuzileiros Navais (CPesFN) abriu nesta sexta-feira, 5, as inscrições para o concurso da Marinha do Brasil, com 1.680 vagas imediatas, para o curso de formação de soldados fuzileiros navais. São duas turmas para o ano de 2025.
Todas as oportunidades são para Aprendiz-Fuzileiro Naval, com uma bolsa-auxílio de R$ 1.303,90 ao longo do curso. Após aprovação, os soldados passarão a receber R$ 2.294,50 .
Os interessados precisam acessar o site do Corpo de Fuzileiros Navais até dia 16 de fevereiro. O valor da taxa de inscrição é de R$ 40, porém, os inscritos no CadÚnico e doadores de medula óssea podem solicitar autorização até o dia 19 de janeiro.
Além disso, os candidatos também podem fazer a inscrição presencialmente, nos órgãos executores da seleção. O atendimento será feito dentro do período informado anteriormente, em dias úteis, das 8h às 16h.
Vale ressaltar que os requisitos para participar do concurso Marinha do Brasil são:
Nível médio completo Idade mínima de 18 anos completos e máxima de 22 anos até dia 30 de junho de 2025 Altura mínima de 1,54 e máxima de 2 m Não ser casado ou estar em união estável Não tenho filhos ou dependentes Podem concorrer mulheres ou homens
Veja as cidades que alocarão os aprovados no concurso As vagas disponíveis estão distribuídas entre as seguintes organizações militares:
Rio de Janeiro (RJ) Brasília (DF) Rio Grande (RS) Belém (PA) Ladário (MS) Manaus (AM) Natal (RN) Salvador (BA) Iperó (SP)
No Brasil, 2023 foi um ano importante no combate à violência contra a mulher. Houve uma redução pequena nos feminicídios, mas o número ainda é assustador: quatro mulheres morrem por dia vítimas deste tipo de crime.
A dentista Tatiana Bardini, de 40 anos, só não foi mais uma vítima de feminicídio porque os vizinhos chamaram a polícia ao perceber que ela estava sendo agredida pelo marido. Depois de deixar o hospital, em Curitiba, ela desabafou nas redes sociais.
“Essa parte foi feita pelos diversos estrangulamentos, mata-leão, três deles… O tanto de cabelo que foi arrancado quando eu fui arrastada. Eu achei que ia morrer”, conta Tatiana.
Segundo as investigações, o dentista Lucas Uetanabaro, de 42 anos, agrediu a mulher dentro de casa durante horas por ciúme. Ele está preso por tentativa de feminicídio.
“Ela foi agredida por muito tempo. Então, isso leva a crer que ele não queria apenas lesioná-la, mas ele tinha intenção de matá-la. E só não concluiu essa intenção em razão da Polícia Militar ter chegado na hora”, diz a delegada Fernanda Moretzsohn. As estatísticas de violência contra a mulher no Brasil assustam. Em 2023, a Central de Atendimento à Mulher, do governo federal, recebeu quase 75 mil denúncias de violência pelo 180.
O número de mortes caiu um pouco, mas continua alto. De janeiro a outubro de 2023 foram 1.158 feminicídios, queda de quase 2,5% na comparação com o mesmo período de 2022. O que significa que, em média, quatro mulheres ainda morrem diariamente no país vítimas de feminicídio, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
As políticas de combate à violência contra a mulher avançaram desde que a Lei Maria da Penha foi criada, segundo especialistas em segurança pública. As vítimas têm proteção garantida por lei, e as redes de acolhimento ganharam mais estrutura com atendimento psicológico e social para que as vítimas saiam da situação de violência. Mas ainda existe um grande desafio: fazer com que mais mulheres procurem ajuda antes que o pior aconteça.
“A maior parte das vítimas de feminicídio sequer tinha um boletim de ocorrência contra o autor. Essas mulheres, muitas vezes, subestimam o risco a que estão expostas. Nós temos as medidas protetivas de urgência, que são o instrumento mais importante efetivo de proteção dessa mulher em situação de violência doméstica”, afirma Samira Bueno, diretora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Brendon Cunha Azevedo, de 26 anos, não aceitava o fim do relacionamento e enviou ameaças por mensagens de texto para a ex-namorada, de 20 anos: “Você despertou um ódio enorme dentro do meu coração. Juro que te mato”.
Brendon agora é procurado pela polícia. Ele é suspeito de tentar matar a jovem e a filha dela, de 4 anos, na terça-feira (2), em Caieiras, na Grande São Paulo. A criança foi atingida de raspão. A mulher levou seis tiros e está internada em estado grave.
“Aquele controle excessivo, ciúme excessivo, ele pode passar a ameaçar a vítima, praticar vias de fato, lesão corporal. Então é uma graduação dessa violência que pode culminar no feminicídio. Então, se a vítima procurar a delegacia logo nesses primeiros sinais, ele pode ser evitado”, diz delegada Fernanda Moretzsohn.
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que o novo procurador-geral da República Paulo Gonet avalie eventuais omissões do ex-presidente Jair Bolsonaro na pandemia da covid-19 e se manifeste sobre uma eventual investigação do ex-chefe do Executivo. A decisão foi assinada no dia 19 de dezembro, no bojo de um caso que foi reaberto, também por ordem do decano do STF. Gilmar sinalizou que invalidou um parecer anterior da PGR, emitido sob a gestão de Augusto Aras.
A apuração foi desagravada por Gilmar Mendes em junho de 2022. Na ocasião, o ministro anulou uma decisão da Justiça Federal de Brasília que havia arquivado parcialmente o caso.
A avaliação do decano foi a de que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello – hoje deputado federal pelo PL – seria um dos alvos da investigação e, considerando seu foro por prerrogativa de função, a investigação deveria correr junto ao STF.
O ano de 2024 começou, e excelentes oportunidades em concursos públicos estão previstas para o Distrito Federal. O Direção Concursos fez um levantamento com os 15 melhores editais da capital do país previstos para serem publicados em 2024.
Há milhares de oportunidades, com vagas em diversos cargos e órgãos, além de salários que podem passar de R$ 20 mil.
Confira os principais certames previstos para 2024 no Distrito Federal:
1 – Concurso Nacional Unificado 2 – TSE Unificado 3 – Superior Tribunal de Justiça (STJ) 4 – Tribunal de Contas da União (TCU) 5 – Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) 6 – Superior Tribunal Militar (STM) 7 – Conselho Nacional de Justiça (CNJ) 8 – Ministério Público da União (MPU) 9 – Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), para agente de custódia 10 – Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), para delegado 11 – Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), para oficial 12 – Planejamento Urbano do Distrito Federal 13 – Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) 14 – Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) 15 – Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF)
A Secretaria de Fazenda de Santa Catarina revelou a lista dos 10 carros com o maior IPVA para 2024. O resultado é uma relação de carros de encher os olhos de entusiastas automotivos – inclusive, o estado possui a chamada “Santíssima Trindade” dos carros: Ferrari LaFerrari, McLaren P1 e Porsche 918.
O supercarro que lidera esse ranking é a Ferrari LaFerrari, única no Brasil, com placas de Joinville (SC) e valor de mercado de R$ 36.208.523,00. O IPVA de 2024 para esse superesportivo atinge R$ 736.170,46. Com o valor, é possível comprar um carro de luxo zero quilômetro.
Equipada com um motor V12 aspirado de 6.3 litros, gerando 789 cv, aliado a um motor elétrico de 160 cv, a LaFerrari alcança a potência total de 963 cv e torque de 91,6 mkgf. Essa máquina é capaz de atingir 0 a 100 km/h em apenas 3 segundos.
Carro Ano Base de Cálculo (R$) IPVA 2024 (R$) Ferrari LaFerrari 2015 36.208.523,00 736.170,46 Ferrari Daytona SP3 2023 19.035.778,00 380.715,56 Porsche 918 Spyder 2015 14.816.300,00 296.326,00 Porsche 918 Spyder 2014 13.959.567,00 279.191,34 McLaren P1 Coupe 2014 13.121.706,00 262.434,12 McLaren Senna Coupe 2019 8.923.906,00 178.478,12 McLaren 76SLT Spider 2022 8.513.659,00 170.273,18 Lamborghini Aventador Ultroadst 2022 8.455.354,00 169.107,08 Ferrari SF90 Spider 2022 7.986.666,00 159.733,32 Lamborghini Aventador Ultimae 2022 7.890.260,00 157.805,20
A Ferrari Daytona SP3 2023, derivada da LaFerrari, é outra presença ilustre na lista, com base de cálculo de R$ 19 milhões e IPVA de R$ 380.715,56. Essa raridade, equipada com motor V12 de 840 cv, destaca-se como um dos modelos mais exclusivos do mundo, limitado a 599 unidades.
Além da Ferrari, Santa Catarina também abriga duas unidades do Porsche 918 Spyder, um de 2015 e outro de 2014, com valores avaliados em R$ 14,8 mi e R$ 13,9 mi, resultando em IPVA de R$ 296.326,00 e R$ 279.191,34, respectivamente. Estes modelos figuram entre os IPVAs mais altos do Brasil, superando até mesmo São Paulo, onde a alíquota é de 4%, resultando em um imposto de R$ 562.984,40.
A lista dos carros com IPVA 2024 mais caros no estado tem ainda o McLaren P1 2014. Apesar de 10 anos de fabricação, o modelo é um carro exclusivo de nível mundial. Avaliado em R$ 13.121.706,00, o superesportivo inglês tem IPVA 2024 de R$ 262.434,12.
Ferrari LaFerrari, Porsche 918 Spyder e McLaren P1 Coupe forma a “Santíssima Trindade” dos carros. O termo é utilizado pelos entusiastas para qualificar o trio, considerado os esportivos mais exclusivos do mundo.
IPVA 2024 SC A Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina (SEF/SC) divulgou o calendário de pagamento do IPVA para 2024, mantendo as alíquotas em 2% para carros e utilitários e 1% para motocicletas. Essas taxas posicionam Santa Catarina entre os estados com IPVA mais acessível.
O estado projeta arrecadar R$ 4 bilhões em 2024, após um aumento de 21% em 2023, totalizando R$ 3,7 bilhões. O IPVA catarinense, calculado com base na tabela FIPE, contribui significativamente para o Fundeb, destinando 20% do valor arrecadado para a educação básica.
Opções de pagamento:
Os contribuintes têm três opções de pagamento para o IPVA:
Cota única: O imposto deve ser quitado até o final de cada mês, de acordo com o final de cada placa. O prazo para placas com final 1 vai até 31 de janeiro. Parcelamento em três vezes sem juros: O pagamento da primeira cota deve ocorrer até o dia 10 de cada mês, alinhado com o final de cada placa. Placas com final 1 têm até o dia 10 de janeiro para pagar a primeira parcela. Parcelamento em até 12 vezes pelo cartão de crédito: A opção está disponível por meio de empresas credenciadas . Este método envolve uma operação financeira semelhante a um empréstimo, com custos de financiamento, incluindo juros e demais encargos adicionados às parcelas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, com vetos, a Lei Orgânica nº 14.751/2023 , que organiza e unifica, em nível nacional, as regras aplicadas para as Polícias e Bombeiros Militares. Entre as novidades, o texto prevê exigência de nível superior em concursos públicos para adesão nas corporações a partir de 2029.
No artigo 13º, fica previsto que será necessário “comprovar, na data de admissão, de incorporação ou de formatura, o grau de escolaridade superior”.
Já o artigo 39 determina que “a adoção do requisito de escolaridade para ingresso na instituição militar será processada no prazo de até 6 (seis) anos a contar da publicação desta Lei”. As alterações constam no Diário Oficial da União publicado no último dia 13 de dezembro.
Veja Critério Oficiais com funções de comando, chefia, direção e administração superior possuem de possuir bacharelado em Direito. Enquanto os especialistas em saúde que atuam nas corporações devem ter cursos de graduação na área.
O quadro de praças, por sua vez, exigirá “nível de escolaridade superior ou possuidoras do respectivo curso de formação, desde que oficialmente reconhecido como de nível de educação superior”.
Além disso, “os cursos de formação, aperfeiçoamento e especialização realizados na instituição militar do concurso serão contados como título para fins de classificação no concurso público e no processo seletivo interno, nos termos da classificação prevista no edital”.
Ao todo, a Lei Orgânica foi aprovada com cerca de 30 vetos. Dessa forma, o Congresso deverá decidir se mantém ou derrubar os vetos de Lula, mas ainda não há dados definidos para sessão.
O youtuber Bruno Monteiro Aiub, mais conhecido como Monark, disse nas suas redes sociais que o Youtube deletou seus canais permanentes da plataforma. “Não bastava banir do Brasil, querem apagar minha existência”, escreveu. Monark já havia sido desmonetizado pela plataforma em fevereiro de 2022 e mantinha o canal com mais de 3 milhões de inscritos, apesar de ter sido banido das redes sociais por ordem do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O influenciador já havia saído do podcast Flow após defender que o Brasil deveria ter um partido nazista regulamentado por lei. O apresentador também chegou a defender pessoas que armazenam conteúdo de pedofilia.
Em entrevista, Monark afirmou não estar mais conseguindo monetizar os conteúdos que produz. “Tô fo***, não consigo monetizar. Tá tudo ruim pra mim”, disse à Folha de S. Paulo, em dezembro.
No próximo mês, o Facebook, rede social que revolucionou a forma como a interação de seres humanos no mundo virtual, completou 20 anos. Nas duas décadas, a plataforma chegou a cerca de 3 bilhões de usuários ativos, mais de um terço da população mundial, e novas redes surgiram e se consolidaram. Mas, apesar de terem se tornado parte indiscutível da sociedade – é difícil conhecer alguém que não mantenha ao menos um perfil online –, todos os impactos das plataformas ainda estão longe de serem totalmente compreendidos.
Um dos comentários mais recentes que tem acendido o alerta de especialistas é conhecido como “tribunal da internet”. Trata-se do excesso de julgamento nas redes que se disseminam de forma rápida, em grandes proporções e dita quem está certo e errado para “cancelar” os “culpados” – numa espécie de boicote que nem sempre segue uma avaliação justa.
A intenção inicial, quando o termo “cancelamento” se tornou mais popular, em 2019, era responsabilizar pessoas por comportamentos por vezes até crimes, como casos de assédio e preconceito. Mas, com o volume cada vez maior de informações, a circulação de notícias falsas e a sensação de impunidade para quem se aproveita da distância da tela para agredir ou outro sem filtros, o cenário mudou.
Especialistas ouvidos pelo GLOBO explicam como o clima constante de alerta que se criou hoje nas redes devido à “cultura do cancelamento”, que atinge pessoas que em alguns casos têm intimidades expostas até mesmo contra a própria vontade, afetando a saúde mental dos usuários.
— Esses julgamentos podem ser invejados do ponto de vista dos valores das pessoas, do funcionamento de grupo e do que chamamos de efeito manado, quando as pessoas começam a te criticar de forma conjuntamente sem nem conseguir avaliar ao certo o que elas estão julgando — diz Gustavo Estanislau, doutorando em Psiquiatria pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e pesquisador do Instituto Ame Sua Mente, e continua:
— Do ponto de vista de desdobramentos de saúde mental, é bastante comum que uma pessoa comece a se sentir paranóica, desconfiada. Ela passa a achar o tempo todo que as pessoas estão falando sobre ela, pensando nela. Essa sensação constante aumenta um estado de alerta que gera ansiedade, uma preocupação social excessiva: ‘Será que eu tenho sido adequado para as pessoas? Será que eu sou querido?’
A longo prazo, pode levar a estágios mais drásticos de saúde. Dois casos do tipo, que levaram as vítimas a tirarem a própria vida, repercutiram na mídia no último mês. Jéssica Caneda, de 22 anos, havia sido alvo de críticas online após a circulação de imagens que simulavam, falsamente, conversas íntimas dela com o humorista Whindersson Nunes.
Já PC Siqueira, de 37 anos, um dos influenciadores mais conhecidos no Brasil, foi “cancelado” após publicações no X (antigo Twitter) exibirem uma suposta conversa em que compartilhava fotos íntimas de menores. A Polícia Civil de São Paulo, no entanto, não encontrou nenhum registro que fosse capaz de incriminá-lo, e o influenciou alegava se tratar também de imagens manipuladas. Ambos sofreram de depressão.
— Ao longo do tempo, essas questões não vão ser resolvidas, o que pode ser muito difícil quando as informações são pulverizadas e o público é enorme, você começa a passar de um estado de alerta e ansiedade para um estado de jogar uma toalha. De desânimo, de falta de motivação para tentar reverter esse quadro. Uma pessoa às vezes pode começar a se identificar com os julgamentos negativos. Essa tristeza geralmente não acontece de pronto, mas ao longo do tempo — diz Estanislau.
Jovens em maior risco Guilherme Polanczyk, professor de Psiquiatria da Infância e Adolescência na Universidade de São Paulo (USP), destaca ainda que esse impacto do julgamento alheio e constante nas redes é mais nocivo entre os jovens, que estão no momento de descobrir quem são:
— A adolescência é esse momento de desenvolvimento da autoimagem, da identidade do indivíduo, e a opinião dos pares, da sociedade, se torna muito importante. Então ele vai ficar mais suscetível com essas opiniões. Só que são opiniões muitas vezes dadas sem muita reflexão. As pessoas colocam rapidamente de uma forma impulsiva qualquer impressão, o que para uma pessoa que está do outro lado pode ter um impacto enorme em como ela se vê.
Ele explica ainda que o “cancelamento” não é algo necessariamente novo – já foi apresentado em dinâmicas escolares, por exemplo, mas que ganha novos contornos nas notícias devido ao número exponencialmente maior de pessoas envolvidas:
— As dinâmicas dos grupos de adolescentes têm muito a ver com quem está dentro e quem está fora. No momento que excluem uma pessoa, reforçam o pertencimento dos que estão dentro. A cultura do cancelamento é isso, um grande grupo de pessoas unidas contra um indivíduo, dando esse feedback de que uma pessoa não tem qualidades, merece ser restaurada da sociedade. Para um adolescente, especialmente nesses momentos mais sensíveis da adolescência, isso é extremamente forte. O que acontece é que na rede social isso tem proporções muito maiores. Eventualmente vêm a essas situações muito drásticas, como o suicídio, mas geralmente o cancelamento é o último pingo num copo que já está cheio. É alguém que já estava fragilizado, que já passou por uma ou outra situação de estresse, mais suscetível.
Exposição excessiva e falta de regulação ética Um dos fatores que intensificam esse interesse é o fato de as pessoas se exporem cada vez mais nas redes sociais, o que abre espaço para que suas intimidações sejam utilizadas contra você, diz Anna Paula Zanoni, doutoranda em Psicologia Clínica pela Universidade Federal do Paraná ( UFPR):
— Essa exposição nociva vira um campo para as discriminações, ameaças, perseguições. Esse tribunal online, em que as pessoas emitem opiniões sem filtros, acaba sendo palco de situações de ações humilhantes, que é um dos sentimentos mais impactantes, traumáticos e que abalam a autoestima em termos de saúde emocional. Uma pessoa coloca uma foto, conta algo pontual de sua vida, e aquilo vai sendo reproduzido, replicado, interpretado de diversas formas, muitas vezes distorcidas e pertinentes.
Para ela, isso ocorre pelo fato de ainda não haver “regulações éticas” bem determinadas no mundo digital, o que leva os usuários a dizerem coisas que não falariam ao vivo:
— A internet ainda é um lugar sem regulamentações éticas e morais claras. As pessoas se conectam por meio de perfis, não é da mesma forma que por meio de relações pessoais, frente a frente. Temos uma regulação cultural na convivência face a face do que é adequado, o que não é, o que é aceitável. Existem regras mais claras também do que pode ser exposto da intimidação, da privacidade. Isso tudo no mundo digital está sendo pensado muito recentemente.
Porém, mesmo se não houvesse o tribunal do cancelamento, Estanislau pontua que uma exposição além da conta pode trazer também outros impactos para a saúde mental. Isso porque muitas vezes as publicações retratam uma vida perfeita que não existe, o que leva os usuários a se compararem com algo inatingível.
— Vejo muitas pessoas tentando criar uma vida que eles não têm, e isso gera para os outros uma expectativa alta em cima das coisas, uma sensação de que as pessoas têm mais sucesso, são mais felizes do que elas realmente são. Mas para a própria pessoa também gera uma sensação de que nada é suficiente, porque ela vê esse retrato perfeito dela mesma, que não existe, e acaba se sentindo como uma impostora.
A para solução de todos os impactos contratados, concordam os especialistas, é por meio de uma maior educação digital. Apesar de o tema ter ganhado mais espaço ultimamente, ainda está longe do ideal frente ao tamanho do papel das redes nas nossas vidas, dizem.
— O caminho é a consciência digital, de como esse universo funciona, quais os riscos da exposição. A intimidade nos divide em locais, com pessoas e em situações cumpridas. Se temos algo que é precioso para nós, não podemos soltar no mundo sem nenhum cuidado. É um processo que passa pelo pessoal, de autoconhecimento, de interiorização. Mas também coletivo, pelo entendimento da forma como esse universo funciona — afirma Zanoni.
Polanczyk ressalta ainda a importância do assunto entrar no currículo escolar e ser abordado entre os mais novos antes mesmo de eles começarem a usar as redes:
— A educação para o uso das redes sociais e da internet precisa ser muito cedo para que as crianças, que muitas vezes entram nas redes com 12, 13 anos, tenham as ferramentas para entender como elas devem se colocar nelas. Não só no sentido de se expor, mas nas suas atividades: o que fala em seus comentários, suas interações com os outros, como se comportam.
O uso de hidroxicloroquina (HCQ) em pacientes hospitalizados durante a primeira onda da pandemia de covid-19 , em 2020, levou à morte de cerca de 17 mil pessoas em seis países que tiveram seus dados analisados, segundo estimativa de um estudo publicado no periódico Biomedicina e Farmacoterapianesta semana. O Brasil não está entre as nações conhecidas, mas os especialistas ouvidos pelo Estadão dizem acreditar que o País também registrou um alto número de óbitos associados ao uso do medicamento ( leia mais abaixo ).
O remédio foi usado de forma indiscriminada por vários países no início da pandemia como uma suposta eficácia no combate ao coronavírus. Chegou a ser promovido por políticos como o ex-presidente americano Donald Trump e o então presidente Jair Bolsonaro . Mesmo estudos após clínicos demonstram a ineficácia da droga no tratamento da covid, Bolsonaro, outros políticos e até alguns médicos apoiando o medicamento, em postura reforçada à ciência.
Uma pesquisa que buscou estimar o número de mortes associadas ao uso dessa medicação foi realizada por cientistas franceses e fez projeções com base em 44 estudos internacionais com dados da França, Espanha, Turquia, Itália e Estados Unidos . Foram considerados no cálculo indicadores como a taxa de mortalidade hospitalar por covid, a exposição à hidroxicloroquina, o número de pacientes hospitalizados e o aumento do risco relativo de morte com o uso da medicação.
No caso desta última variável, foi considerado um dado já publicado em estudo de 2021 na revista científica Nature Communications que mostrou que a utilização do remédio em pacientes com covid aumentaria em 11% esse risco .
“Eles consideraram uma meta-análise ( método estatístico para integrar resultados de pesquisas diferentes ) que relatou aumento no risco de óbito de 11% nas pessoas que receberam os medicamentos. E então buscamos estudos que tinham estimativas simultâneas de taxas de mortalidade e taxas de expostos à hidroxicloroquina ou cloroquina. A partir daí, estimaram o excesso de óbitos atribuíveis a esses remédios”, explica Alexandre Biasi Cavalcanti, superintendente de ensino e pesquisa do HCor, sobre a metodologia do estudo francês.
Considerando o número mediano das projeções feitas pelos cientistas para o excesso de mortes atribuíveis aos medicamentos, eles chegaram à estimativa de 16.990 óbitos somente durante a primeira onda de covid-19, que seriam distribuídos da seguinte forma entre os países analisados: 12.739 nos EUA, 1.895 na Espanha, 1.822 na Itália, 240 na Bélgica, 199 na França e 95 na Turquia.
Para a epidemiologista Denise Garrett, vice-presidente do Sabin Vaccine Institute, o estudo traz resultados robustos ao reunir dados de várias pesquisas independentes. “É crucial garantir que os estudos individuais incorporados tenham desenhos sólidos, metodologias claras e resultados confiáveis, o que foi o caso nessa meta-análise – a mesma foi conduzida usando excelentes artigos, o que fortalece a confiabilidade e a validade dos”, diz ela , que aponta o resultado como “mais uma comprovação” dos efeitos negativos que o uso incluído da hidroxicloroquina teve durante a pandemia.
Número é apenas ‘ponta do iceberg’ No artigo científico, os pesquisadores ressaltam que o número estimado de quase 17 mil mortes pode ser apenas “a ponta do iceberg” devido à limitação dos dados e de eles serem de apenas seis países.
“Considerando que os dados confiáveis sobre hospitalizações, uso de HCQ e mortalidade hospitalar são limitados na maioria dos países, esses números provavelmente representam apenas a ponta do iceberg, subestimando em grande medida o número de mortes relacionadas à HCQ no mundo. A prescrição off label ( indicação fora da indicada na bula, como foi o caso da hidroxicloroquina para covid ) pode ser consultada quando os médicos julgarem ter evidências suficientes para obter benefícios do medicamento. No entanto, as primeiras pesquisas relatando o efeito do HCQ mostraram eficácia limitada ou nenhuma redução da mortalidade”, destacaram os pesquisadores.
De acordo com revisão feita por pesquisadores na literatura científica, o principal dano do medicamento em pacientes com covid está relacionado com efeitos colaterais cardíacos , mas alguns pacientes também podem ter problemas no fígado e nos enxágues com o uso do remédio.
Os cientistas defendem, diante dos resultados, “uma regulamentação rigorosa do acesso a prescrições off-label durante futuras pandemias” e dizem ainda que é fundamental que “ representantes das autoridades públicas não promovam, com base nas suas convicções pessoais, a prescrição de medicamentos que não tenham sido formalmente avaliados , criando assim falsas esperanças quanto à existência de uma solução para uma crise sanitária complexa”.
‘Impacto para a saúde pública foi grande’, diz especialista
Cavalcanti afirma que, embora o aumento do risco de morte pelo uso do medicamento possa ser considerado “modesto” (11%), o fato de centenas de milhares de pessoas terem sido tratadas com esses remédios e de uma taxa de mortalidade entre esses pacientes ser alta fez com que o impacto, do ponto de vista da saúde pública, tenha sido grande. “Termos mais de 16 mil mortes por causa desses medicamentos, considerando apenas países da Europa e EUA, é terrível. São números de uma guerra. É a consequência não-intencional da decisão de tratar de forma precipitada com uma medicação que ainda não tinha prova de eficácia”, destaca o médico.
Para os especialistas brasileiros, embora o estudo não tenha previsões de impacto no Brasil, o cenário por aqui pode ser semelhante ou pior ao observado nos Estados Unidos. Em ambos os países, os presidentes Trump e Bolsonaro pressionaram os órgãos sanitários para liberar o uso do medicamento. “Seria preciso pesquisar as taxas de óbito hospitalar por covid no Brasil e a proporção de uso do HCQ, mas acredito que ambas as variáveis foram iguais ou maiores aqui do que nos EUA”, diz Cavalcanti.
“O número de mortes associadas a medicamentos foi certamente semelhante ou pior no Brasil devido ao uso amplo dos remédios no País”, conclui Garrett.
Uma pesquisa da Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan) divulgada em 2021 mostrou alta de 857% na venda de remédios que formavam o chamado kit covid, conjunto de medicamentos sem eficácia contra a doença, mas que eram propagandeados pelas autoridades políticas e médicas com postura anticientífica. Como o Estadão revelou em 2021 , pacientes que usaram esses medicamentos morreram ou pararam na fila de transplante de fígado após desenvolverem hepatite medicamentosa.