A Liga Contra o Câncer está realizando, nesta quinta-feira (12), o 1º Simpósio de Atenção Primária e Oncologia no Centro de Diagnóstico e Ensino do Seridó, em Currais Novos. O evento é destinado a profissionais de saúde e gestores dos municípios da região e tem o objetivo de discutir o papel fundamental da Atenção Primária à Saúde (APS) na política regional e estadual de atenção oncológica.
De acordo com Júnior Gomes, gerente de Acesso e Articulação Assistencial da Liga, o simpósio reafirma o compromisso da instituição em fortalecer a rede de cuidado oncológico no Rio Grande do Norte, atuando não apenas no tratamento do câncer, mas também na prevenção e detecção precoce da doença, em parceria com os municípios.
“Ao longo de 2025, a instituição vem desenvolvendo importantes iniciativas, como o Programa Qualifica APS, o Projeto Oncologia Lean, o Programa Caminhos da Saúde e o PrevCâncer, todos voltados ao aprimoramento da assistência oncológica e à integração das redes de atenção”, explica.
O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte (MPRN) obteve a decretação de medidas cautelares de sequestro, bloqueio e indisponibilidade de bens no valor de até R$ 145 milhões em investigação que apura um esquema de exploração irregular de apostas de quotas fixas – as bets -, inicialmente amparado por uma lei municipal em Bodó.
A investigação do MPRN foca na apuração dos crimes de lavagem de dinheiro, induzimento à especulação, contravenção penal (exploração de jogo de azar e loteria não autorizada), associação criminosa e crimes contra as relações de consumo. O esquema utilizava como fachada a agência municipal LOTSERIDÓ, criada pelo Município de Bodó, para conferir uma aparência de legalidade a dezenas de plataformas de apostas online.
A atuação do MPRN se deu devido à flagrante ilegalidade das operações, uma vez que Municípios não podem legislar sobre loterias e apostas de quota fixa. A medida cautelar foi considerada urgente diante do risco concreto de fuga de capitais, sonegação e dissipação patrimonial, visando proteger o ressarcimento dos danos causados pela atividade ilícita e a efetividade da persecução penal.
As conclusões do MPRN se fundamentam, entre outros argumentos, no entendimento consolidado do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a matéria. Julgados vinculantes da Corte, como o proferido na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 337, que estabelecem que Municípios não podem explorar serviços de aposta nem de loterias.
O MPRN apurou a movimentação expressiva de recursos financeiros. Foi demonstrado, pela própria Prefeitura de Bodó/RN, em manifestações públicas, que as empresas arrecadaram cerca de R$ 415 milhões em apenas 10 meses de funcionamento, baseado no repasse de 2% da receita bruta (GGR) à Prefeitura de Bodó (cerca de R$ 8 milhões). A análise revelou, ainda, o uso de “laranjas”, indivíduos com perfis socioeconômicos incompatíveis com os valores movimentados.
As investigações apontam para a participação de diversas empresas, muitas delas com indícios de serem de fachada, registrando endereços inexistentes ou continuando a operar mesmo após terem sido baixadas na Receita Federal. Além disso, estão sendo investigados crimes contra as relações de consumo, nos quais as empresas utilizavam a falsificação digital institucional (injeção de códigos em domínios de boa reputação, como “.gov.br”, “edu.br”, para conferir falsa credibilidade) para induzir consumidores a erro.
A ação do MPRN visa interromper um esquema que lesa consumidores e promove a desinformação sobre a legalidade das apostas, sem quaisquer preocupações com a prevenção à lavagem de dinheiro ou com a saúde mental dos apostadores. A indisponibilidade dos ativos financeiros, veículos e bens imóveis serve para garantir a futura reparação dos danos e viabilizar o confisco dos valores obtidos ilicitamente. A pedido do MPRN, a Justiça potiguar determinou o bloqueio de saldos em contas (correntes, poupança, investimento) e aplicações financeiras, o bloqueio de planos de previdência via Susep, a indisponibilidade de bens imóveis pelo CNIB e o bloqueio de veículos por meio do Renajud.
Com as medidas cautelares decretadas, o MPRN busca a cessação imediata das infrações penais e assegura que os ativos utilizados ou provenientes dos crimes de lavagem de dinheiro sejam bloqueados.
A maior parte dos brasileiros (64%) declarou não beber em 2025, um aumento em relação a 2023, quando 55% disseram não consumir álcool, de acordo com a pesquisa Ipsos-Ipec, a pedido do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA) para a sétima edição da publicação Álcool e a Saúde dos Brasileiros: Panorama 2025.
A abstinência de álcool aumentou de 46% para 64% entre as pessoas de 18 a 24 anos e de 47% para 61% entre as pessoas de 25 a 34 anos.
Os maiores aumentos em relação à abstinência ocorreram, ainda, entre indivíduos com ensino superior (de 49% para 62%), moradores da região Sudeste (de 51% para 62%) e das classes A/B (de 44% para 55%), sendo mais acentuado nos municípios localizados em regiões metropolitanas e capitais.
A pesquisa apontou ainda uma queda na frequência do consumo, com redução de 6 pontos percentuais, na ingestão de bebida alcoólica uma vez por semana ou a cada quinze dias. Entre os bebedores, acima de um terço (39%) consome de uma a duas doses por ocasião.
Como foi feita a pesquisa
Foram realizadas 1.981 entrevistas em âmbito nacional, com:
Homens e mulheres
De 18 anos ou mais
Das classes socioeconômicas A, B, C e DE
A margem de erro máxima foi de dois pontos percentuais, com 95% de intervalo de confiança. Os dados foram ponderados para representar a população adulta brasileira.
O levantamento foi conduzido por meio de entrevistas domiciliares, realizadas em dias úteis (períodos diurno e noturno) e fins de semana, para garantir a presença do público-alvo em casa.
Abstinência cresce, mas consumo abusivo ainda preocupa
Apesar da redução do consumo e da ampliação da abstinência, o consumo abusivo ainda é um desafio para a saúde pública.
Entre os bebedores abusivos, 82% acreditam consumir de forma moderada, enquanto apenas 9% reconhecem que exageram e precisam mudar.
O psiquiatra e presidente do CISA, Arthur Guerra, alerta que a interpretação errada do próprio padrão de consumo é um dificultador para a mudança de hábito:
“Ser mais tolerante ao álcool, ou seja, beber muito e não sentir os efeitos do álcool, não significa ser mais resistente ou estar protegido dos prejuízos do álcool. Pelo contrário, precisar aumentar a quantidade de álcool para atingir os efeitos desejados é um sinal de alerta”, explica.
Os grupos mais vulneráveis
O levantamento mostrou que o consumo pesado de álcool (7 doses ou mais por ocasião) é mais prevalente entre:
O sexo masculino (26%),
Na faixa etária de 25 a 44 anos (54%)
Pessoas com ensino médio (25%)
Pessoas das regiões Norte/Centro Oeste (31%)
Mortalidade e internação de brasileiros provocados pelo uso nocivo de álcool
A publicação mostra também a atualização dos dados sobre mortalidade e internação de brasileiros provocados pelo uso nocivo de álcool, com base em dados disponibilizados pelo Datasus. Entre os destaques da análise estão:
Óbitos atribuíveis ao álcool: em 2023, foram registradas 73.019 mortes associadas ao uso de álcool – um crescimento de 10,2% entre 2010 e 2023, com uma taxa de 34,5 óbitos por 100 mil habitantes. Quinze estados estão acima do índice nacional, sendo as maiores taxas no Espírito Santo (47), seguido por Paraná (40,7), Piauí (41,7) e Tocantins (41,9).
Internações atribuíveis ao álcool: em 2024, o Brasil registrou 418.467 hospitalizações relacionadas ao uso de álcool, um aumento de 24,2% em comparação com 2010. O país atingiu uma taxa de 196,8 internações por 100 mil habitantes e 11 estados estão acima do índice nacional. Os maiores índices foram registrados no Paraná (282,1), seguido por Espírito Santo (267,3) e Mato Grosso do Sul (256,3).
Segundo Mariana Thibes, doutora em sociologia e coordenadora do CISA, os dados confirmam que os jovens brasileiros, assim como é observado internacionalmente, estão bebendo menos. “Além do aumento da abstinência, o consumo abusivo de álcool na faixa etária dos 18 a 24 anos diminuiu de 20% para 13% em dois anos e a maioria deles, quando bebe, consome uma ou duas doses por ocasião”, afirma.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), indica que as tentativas da sua gestão de livrar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de cumprir a pena no Complexo Penitenciário da Papuda vão cessar no momento em que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinar a prisão do líder da direita.
“Decisão judicial se cumpre. Se for a determinação do STF e da Vara de Execuções Penais (a prisão na Papuda), a Secretaria do Sistema penitenciário irá cumprir”, afirmou. “Eu não tenho que acreditar ou deixar de acreditar (se Bolsonaro tem condições de cumprir a pena no presídio). A decisão é do STF e da Vara de Execuções, nós só executamos”, completou.
A declaração demonstra a mudança de postura que o governo Ibaneis terá caso Bolsonaro seja obrigado a cumprir a pena de 27 anos e três meses de prisão em regime fechado em algum das unidades prisionais do DF. Até o momento, contudo, a administração da capital federal tem feito esforços para evitar o envio do ex-presidente para a Papuda.
Em ofício enviado ao gabinete de Moraes na última quinta-feira, 5, a Secretaria de Administração Penitenciária do DF pediu que Bolsonaro seja submetido a uma avaliação médica para verificar se tem condições de cumprir pena no presídio da Papuda. No texto, o secretário Wenderson Souza e Teles diz ser necessário verificar a compatibilidade do ex-presidente com a assistência médica e nutricional disponibilizadas nas prisões de Brasília.
Moraes determinou a retirada do pedido do governo da ação, por “ausência de pertinência”. Ainda assim, a vice-governadora do DF, Celina Leão (PP), insistiu no gesto ao bolsonarismo ao afirmar em entrevista ao SBT News que o Complexo Penitenciário da Papuda não teria estrutura para receber Bolsonaro por causa da sua condição de saúde. “Ele precisa de uma dieta especial, tem idade avançada, trata-se de um ex-presidente”, disse.
O Estadão questionou Ibaneis se ele concorda com a avaliação da vice, mas não houve resposta. O governador respondeu, por sua vez, que “ela (Celina) tem mais contato com o Bolsonaro” do que ele.
O envolvimento do GDF nas discussões sobre a prisão de Bolsonaro ocorre porque um dos possíveis destinos do ex-presidente é o 19 º Batalhão de Polícia Militar do DF, conhecido como Papudinha. Conforme informou o Metrópoles, a unidade prisional foi visitada pela chefe de gabinete de Moraes e por uma juíza da Vara de Execuções Penais de Brasília. Outro destino que teria sido averiguado pelas duas é o Centro de Internamento e Reeducação (CIR) da Papuda, onde há uma ala especial para idosos.
Para 24% dos brasileiros, o melhor resultado para a eleição presidencial de 2026 é a vitória de um nome que não seja ligado nem presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nem ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Outros 17% gostariam da vitória de um nome de fora da política. Os dados são da pesquisa eleitoral Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira, 13.
Segundo o levantamento, cresceu o índice de brasileiros que avalia que Lula não deveria se candidatar à reeleição. São 59% os que acham que o petista não deve tentar um quarto mandato. Na rodada anterior da pesquisa, em 9 de outubro, eram 56%. O petista anunciou que pretende ser candidato no ano que vem duas semanas depois, em 23 de outubro, durante viagem à Indonésia. Em relação ao mês passado, o índice dos que acham que Lula deveria se candidatar recuou de 42% para 38%.
Por outro lado, a maioria dos brasileiros também rejeita uma candidatura de Jair Bolsonaro. O ex-presidente está inelegível, mas se mantém como pré-candidato ao próximo pleito. Para 67% dos entrevistados, Bolsonaro deveria apoiar outro nome para a disputa. Outros 26% acham que o ex-presidente deve seguir com a candidatura.
A pesquisa Genial/Quaest realizou 2.004 entrevistas presenciais entre os dias 6 e 9 de novembro. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, e o índice de confiança, 95%.
O levantamento mostrou que Lula supera seus opositores na maioria dos cenários de segundo turno, mas viu o estreitamento das margens de vitória. Dos dez nomes avaliados, o petista venceria nove. A exceção é uma reedição do segundo turno de 2022 Lula detém vantagem numérica contra Bolsonaro, mas está em empate técnico: o petista registra 42% de intenções de voto e o ex-presidente, 39%.
Segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 12, os índices de avaliação de Lula oscilaram negativamente, ou seja, houve uma queda numérica dentro da margem de erro. A avaliação da gestão do petista foi desfavorável nos recortes sobre segurança pública.
Em 24 de outubro, Lula afirmou que “traficantes também são vítimas de usuários” de drogas. A maioria dos brasileiros discorda da afirmação. Segundo o levantamento da Genial/Quaest, 81% dos entrevistados discordam da afirmação. Mesmo entre os entrevistados “lulistas”, a discordância é de 66%.
A maioria dos brasileiros também discorda da avaliação do presidente sobre a megaoperação contra o tráfico de drogas no Rio de Janeiro, em 28 de outubro. Segundo o petista, a incursão policial foi “desastrosa”. De acordo com a pesquisa Genial/Quaest, 57% discordam da opinião de Lula.
Opina pela cassação de Brisa Bracchi o parecer do relator da Comissão Especial designada para apurar denúncias de uso irregular de emendas da vereadora Brisa Bracchi (PT), Fúlvio Saulo (Solidariedade), conforme apurou o Blog do Dina com múltiplas fontes na CMN. O texto será levado ao plenário da Câmara Municipal de Natal para votação.
O processo está instruído e pode ser pautado para votação a qualquer momento. Conforme apurou o blog, o clima é de tensão e dúvidas a respeito do desdobramento do caso.
Nessa semana, Brisa entregou suas alegações finais. Ao longo do processo, ela argumentou publicamente que o caso se tratava “violência política, de gênero e de tentar silenciar um mandato de oposição militante popular, que segue na luta e de cabeça erguida todos os dias aqui em Natal”.
A vereadora Brisa Bracchi (PT) é alvo de um pedido de cassação protocolado pelo vereador Matheus Faustino (UB), que a acusa de usar R$ 18 mil em emendas impositivas para financiar shows no evento “Rolé Vermelho – Bolsonaro na Cadeia”, realizado em 9 de agosto.
O documento que pede a cassação de Brisa Bracchi aponta uso de recursos públicos com fins político-partidários, citando possíveis violações à Constituição, à Lei de Improbidade Administrativa e ao Regimento Interno da Câmara de Natal.
Brisa Silva Bracchi, nascida em Natal em 1997, é vereadora pelo Partido dos Trabalhadores (PT), historiadora formada pela UFRN e técnica em Controle Ambiental pelo IFRN. Tornou-se, aos 22 anos, a mulher mais jovem eleita vereadora na história de Natal, com forte atuação em direitos das mulheres, população LGBT+, cultura e educação.
Oriunda do movimento estudantil, foi dirigente da UBES, do DCE da UFRN e da União Estadual dos Estudantes. No Legislativo, liderou a bancada de oposição e foi autora de leis voltadas à saúde integral da população LGBTI+, combate à violência política de gênero e igualdade cultural.
Premiada como Parlamentar Destaque em 2022, Brisa também denunciou ameaças de violência sexual e misoginia sofridas durante o mandato, tornando-se símbolo de resistência feminista e política na Câmara Municipal de Natal. Em 2020, foi eleita com 2.091 votos, sendo reeleita quatro anos depois com 6.877 votos. O pedido de cassação de Brisa Bracchi é a mais severa crise que a parlamentar enfrentou em sua trajetória.
O Açude Itans, localizado no Seridó do Rio Grande do Norte, reflete a crise hídrica causada pelo clima seco presente no Rio Grande do Norte. Em vídeo publicado nas redes sociais, pessoas que vivem na região registraram um grande volume de peixes morrendo, devido a escassez.
Segundo levantamento realizado pelo Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte (Igarn) na segunda-feira (10), o açude apresenta apenas 0,09% do seu volume.
Durante a gravação, um dos moradores relata que o volume de peixes mortos gera mau-cheiro. Ele pediu a intervenção das autoridades para evitar um dano maior.
“Olha a situação daqui. Vou postar aí e pedir força a Deus. Marina Silva (ministra do Meio Ambiente) ou outro governante, vamos tomar uma atitude aí”, afirmou.
Seca
Um levantamento realizado pelo Monitor de Secas, divulgada pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte no fim de outubro, aponta que 83,83% dos municípios do Rio Grande do Norte apresentaram algum nível de seca. A categoria mais frequente foi Seca Grave, com 37,13% dos municípios afetados, o que corresponde a mais um terço das cidades.
Conforme informações da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte, a Seca Fraca e a Seca Moderada figuraram em patamares semelhantes com 23,95% e 22,75%, respectivamente. Não houve registros de Seca Extrema ou Excepcional no período, que corresponde ao mês de setembro.
Técnicos da Caern devem religar até às 12h, desta quinta-feira (13), o abastecimento de água de cinco cidades, do CONISA e zonas rurais de três municípios seridoenses. A equipe já retirou o vazamento em bomba de captação flutuante, ocorrido na noite dessa quarta-feira (12), que causou a parada do Sistema Produtor Integrado Serra de Santana, na Região do Seridó. A situação afetou o abastecimento de Florânia, Bodó, Lagoa Nova, São Vicente, Tenente Laurentino Cruz, CONISA, zona rural de Jucurutu, Distrito de Laginhas, zona rural de São Rafael e zona rural de Santana do Matos.
A retirada do vazamento foi concluída hoje pela manhã. Os técnicos realizam alguns procedimentos como limpeza de filtro para religar o sistema novamente. O prazo para a normalização integral do abastecimento das regiões afetadas vai até o dia 18 de novembro. A água deve retornar, primeiramente, às áreas mais baixas para depois chegarem aos setores com maior altitude. Enquanto durar o período de normalização, a Caern recomenda o uso racional e a economia de água por parte da população. Reforçando que o estado enfrenta estiagem.
A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram nesta quinta-feira (13) uma nova fase da Operação Sem Desconto, que apura um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões. O Rio Grande do Norte está entre os estados onde são cumpridos mandados judiciais.
Ao todo, a ação envolve 63 mandados de busca e apreensão, 10 de prisão preventiva e outras medidas cautelares em 15 estados e no Distrito Federal, incluindo o RN, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
Segundo a investigação, o esquema operava com inserção de dados falsos em sistemas oficiais, permitindo o desconto indevido de contribuições associativas em benefícios previdenciários. Entre os crimes apurados estão organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, além de ocultação e dilapidação patrimonial.
A Operação Sem Desconto é coordenada nacionalmente pela Polícia Federal e pela CGU, e busca identificar os responsáveis pelo sistema irregular que lesava aposentados e pensionistas em diversos estados, incluindo o Rio Grande do Norte, onde as investigações avançam para determinar o envolvimento de pessoas físicas e jurídicas no esquema.
O ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) Alessandro Stefanutto foi preso nesta quinta-feira (13) durante operação da Polícia Federal (PF) que investiga o esquema de descontos ilegais em aposentadorias e pensões do INSS.
Stefanutto foi demitido do cargo em abril, após ser afastado da função quando o escândalo de fraudes ao órgão se tornou público.
As investigações apontam um esquema de fraudes para realizar descontos ilegais de valores de aposentados e pensionistas do INSS, que foram realizados no período de 2019 a 2024. Os desvios, conforme as investigações, podem chegar a R$ 6,3 bilhões.
O ex-presidente do INSS é alvo de um dos 10 mandados de prisão cumpridos nesta quinta, em nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela PF em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU).
Forças de segurança também cumprem 63 mandados de busca e apreensão e outras medidas cautelares no Distrito Federal e em 14 estados: Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
Os alvos são investigados pelos crimes deinserção de dados falsos em sistemas oficiais, organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, além de atos de ocultação e dilapidação patrimonial.
O gabarito oficial da prova de Linguagens e Ciências Humanas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025, aplicada em 9 de novembro, será divulgado nesta quinta-feira (13). O documento estará disponível na página do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo exame.
Essa é a primeira vez que os gabaritos serão divulgados separadamente. Até o ano passado, as respostas dos dois dias de exame eram publicados juntos, uma semana após a aplicação da segunda prova. Com a novidade, espera-se que o caderno de respostas da prova de Ciências da Natureza e Matemática seja disponibilizado a partir de 17 de novembro.
Apesar do gabarito, o resultado oficial das provas será divulgado apenas em janeiro de 2026. Isso porque os corretores usam a Teoria de Resposta ao Item (TRI) para chegar à nota final. A tese, aplicada em cada área da prova (Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Linguagens e Matemática), é calculada a partir de uma escala, que é como uma régua que mede o nível de conhecimento do participante.
O desempenho médio dos candidatos encontra-se no meio dessa régua, os 500 pontos. Dessa forma, as questões da prova ocupam uma posição diferente, de acordo com o nível de dificuldade. Nesse sentido, as perguntas situadas abaixo de 500 têm um nível de dificuldade menor para a maioria dos estudantes e as acima de 500, maior.
“O método busca priorizar a coerência no desempenho dos estudantes. Se alguém acerta as questões mais difíceis, mas erra aquelas consideradas fáceis, provavelmente ‘chutou’ as respostas. Por isso, terá uma nota inferior à de um estudante que acertou o mesmo número de questões consideradas mais fáceis, mas errou as mais complexas. Assim, duas pessoas que fizeram a mesma edição do Enem e tiveram número igual de acertos podem ter notas diferentes”, explica o Ministério da Educação.
A nota da redação, por sua vez, não é calculada pelo TRI. Os textos são corrigidos um a um por milhões de avaliadores. Cada um recebe até 200 redações por dia, com o compromisso de analisar mais de 150 textos a cada três dias.
Todas as redações são avaliadas por dois professores em plataforma online, com texto sem identificação. Cada um desconhece a nota atribuída pelo outro. Se a discrepância das notas for superior a 100 pontos, no total, ou 80 pontos em uma das cinco competências avaliadas, um terceiro professor fará a correção. A nota final da redação, que pode chegar até 1.000, é a média aritmética das duas notas totais que mais se aproximam.
Confira as cinco competências avaliadas na hora da correção da redação:
Domínio da escrita formal;
Desenvolvimento do tema em estilo dissertativo-argumentativo;
Relacionar, organizar e interpretar informações e argumentos em defesa de uma opinião;
Conhecimento de mecanismos linguísticos para construir a argumentação;
Elaboração de proposta de intervenção para o problema proposto, com respeito aos direitos humanos.
Em caso de textos com até sete linhas ou que fogem ao tema proposto, a redação é zerada pelos avaliadores. O mesmo pode acontecer no caso de texto inelegível, folha de redação em branco ou cópia de texto(s) da prova de redação e/ou do caderno de questões sem haver pelo menos oito linhas de produção própria do participante.
Ao todo, 73% dos mais de 4,8 milhões de inscritos no Enem 2025 participaram do primeiro dia de provas, no último domingo (9). O exame, aplicado em 1.805 municípios, contou com 45 questões de linguagens e ciências humanas, além da redação, com o tema “Perspectivas acerca do envelhecimento na sociedade brasileira”.
A próxima etapa acontece neste domingo (16), quando os candidatos farão a prova de Ciências da Natureza e Matemática. Assim como no primeiro dia, serão 45 questões, divididas entre as disciplinas. No total, os alunos terão cinco horas para concluir o exame (das 13h30 às 18h30).
Confira o cronograma completo:
Aplicação de prova: 09 e 16/11
Aplicação de prova em Belém, Ananindeua e Marituba, no estado do Pará: 30/11 e 07/12
Aplicação de prova em Rio Bonito do Iguaçu: 16 e 17/12
Reaplicação da prova (apenas para participantes que faltaram por problemas logísticos ou doenças infectocontagiosas): 16 e 17/12
O ex-presidente Jair Bolsonaro completou nesta quarta-feira (12) 100 dias em prisão domiciliar. Ele vive agora a expectativa de ser transferido para um presídio, onde deverá cumprir pena de 27 anos e três meses de prisão em regime fechado.
Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, após descumprir medidas cautelares. Na próxima semana, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deve abrir um novo prazo para que a defesa apresente uma segunda leva de recursos. A tendência, segundo aliados, é de nova derrota.
Se houver rejeição unânime dos novos questionamentos, a expectativa é de que até dezembro o processo seja encerrado com o chamado “trânsito em julgado”, momento em que a pena começa a ser executada. Com o projeto de anistia travado no Congresso, aliados já buscam outras estratégias jurídicas.
Diante da possível transferência para o Complexo Penitenciário da Papuda, o governo do Distrito Federal manifestou preocupação com a saúde do ex-presidente. Bolsonaro enfrenta problemas como soluços, vômitos e mal-estar. Um pedido de avaliação médica foi enviado, mas ignorado por Moraes. A vice-governadora do DF, Celina Leão, voltou a defender que Bolsonaro permaneça em prisão domiciliar.
“Ele tem mais de 70 anos, uma saúde frágil, com várias cirurgias e uma dieta totalmente restrita. As condições físicas são inadequadas para receber um ex-presidente”, afirma Celina Leão.
Paralelamente, a senadora Damares Alves solicitou autorização para visitar a penitenciária, que abriga alas federais e estaduais com diferentes níveis de segurança e já recebeu outros políticos condenados. Em 2016, uma investigação revelou que o ex-senador Luiz Estevão contratou uma arquiteta para reformar o bloco onde cumpria pena na Papuda.
O deputado distrital Fábio Félix (PSOL-DF) enviou ofício ao governo do DF questionando o tratamento diferenciado ao ex-presidente e cobrando o mesmo cuidado para os demais detentos do complexo, que atualmente abriga mais de 27 mil presos.
“Todos os apenados com doenças crônicas ou idosos devem ser avaliados. Não pode haver privilégio por apoio político”, disse Félix.
Já o vice-presidente da Câmara, deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), afirmou que, apesar da gravidade da situação, uma eventual prisão pode fortalecer Bolsonaro politicamente.
“A prisão pode comover a população, assim como ocorreu após a facada em 2018, e isso pode fortalecer ainda mais o presidente Bolsonaro”, diz.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes acolheu nesta quarta-feira (12) um pedido do governo do Rio de Janeiro e prorrogou por cinco dias úteis o prazo para o envio de informações complementares sobre a megaoperação realizada em 28 de outubro nos complexos da Penha e do Alemão. Com a decisão, o novo prazo termina na próxima segunda-feira (17).
Segundo o despacho, a prorrogação tem como objetivo “possibilitar que as Secretarias de Estado envolvidas disponham de tempo hábil para consolidar e encaminhar as informações e documentos conforme requerido”.
Em decisão anterior, Moraes determinou que o governo fluminense, o Tribunal de Justiça, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Estado apresentassem relatórios detalhados sobre a operação, considerada a mais letal da história do Rio, com 121 mortes confirmadas. O prazo era de dois dias úteis.
O ministro pediu esclarecimentos sobre laudos necroscópicos, relatórios de inteligência e as circunstâncias das prisões e mortes registradas durante a ação.
Entre as determinações, Moraes ordenou que o governo do Rio preserve todas as imagens das câmeras corporais utilizadas por policiais civis e militares, envie cópias de todos os laudos necroscópicos com registro fotográfico e identifique os policiais que participaram da operação.
Também cobrou relatórios de inteligência que justificaram o cumprimento de mandados contra integrantes do Comando Vermelho e exigiu que os documentos sejam encaminhados sob sigilo.
O ministro ainda solicitou ao Tribunal de Justiça do Rio a lista de pessoas presas durante a operação, distinguindo quem tinha mandado de prisão e quem foi detido em flagrante, além dos resultados das audiências de custódia.
Ao Ministério Público, Moraes solicitou cópias dos laudos produzidos pela perícia independente do órgão e a íntegra do procedimento investigatório em andamento.
À Defensoria Pública, pediu confirmação de que as famílias das vítimas têm acesso aos autos e estão recebendo a devida assistência jurídica e social.
O Google anunciou, na quarta-feira (12), que novos celulares Android vendidos no Brasil a partir de dezembro terão proteção automática contra roubo. A medida, segundo a empresa, visa aumentar a segurança dos usuários e dificultar a ação de criminosos no país — um dos líderes em furtos e roubos de celulares no mundo.
Chamado “Proteção contra roubo”, o sistema conta com um mecanismo que, com o auxílio da inteligência artificial, bloqueia automaticamente a tela do celular ao detectar movimentos bruscos que sugerem que o aparelho tenha sido roubado. Também faz parte o modo de bloqueio remoto, que permite que o usuário bloqueie ou apague dados do dispositivo à distância.
O sistema já está disponível para celulares Android 10 ou superior, mas precisa ser ativado manualmente. Com os mecanismos de proteção ativados de fábrica, a meta do Google é criar uma defesa “em várias camadas” para proteger os usuários antes, durante e depois do roubo.
Como ativar o modo ladrão manualmente
Acesse as “Configurações” do celular;
Selecione “Google”;
Clique em “Todos os Serviços”;
Escolha a opção “Segurança do Dispositivo e Proteção contra Roubo”.
Atualmente, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo possui uma parceria com o Google que permite o acionamento do sistema em celulares roubados e furtados, desde que a vítima autorize. Segundo a empresa, desde que o recurso entrou em funcionalidade, em junho deste ano, a Polícia Militar já acionou o bloqueio remoto de aparelhos mais de 5 mil vezes.
A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca do RN (Sape) irá se reunir na próxima semana com o Ministério da Agricultura (Mapa) para definir a medida a ser adotada no Estado para combater a presença da praga Xanthomonas campestris pv. Viticola, bactéria que atinge as plantações de uva e está entre as mais preocupantes para a viticultura brasileira. Na segunda-feira (10), o Mapa reconheceu, por meio de publicação no Diário Oficial da União, a presença da praga quarentenária (aquelas com potencial para comprometer a comercialização de produtos) no Rio Grande do Norte, por meio da portaria nº 1.443.
De acordo com Guilherme Saldanha, titular da Sape, a produção de uvas no estado é recente – aproximadamente de três anos para cá – com um volume ainda bastante pequeno. “Atualmente, existem no máximo 50 hectares em produção em cerca de 10 propriedades rurais. Algumas fazendas trabalham com a produção de vinho, então, não temos como estimar o volume exato de uvas produzidas. Mas tudo o que é produzido fica no Rio Grande do Norte”, disse o secretário.
Ainda segundo o gestor, estão sendo debatidas duas frentes de atuação para o combate à praga. Uma delas, é a erradicação dos pomares. A outra é o reconhecimento do estado com ocorrência da praga acompanhado de monitoramento do status sanitário para evitar o transporte de material vivo das plantas. “Estamos discutindo com o Mapa qual medida nós vamos adotar em conjunto. Na próxima semana teremos uma reunião para, depois disso, tomarmos uma decisão”, explicou Guilherme Saldanha.
A TRIBUNA DO NORTE também procurou o Idiarn, mas não houve retorno até o fechamento desta edição. A praga, segundo o secretário Guilherme Saldanha, não altera o aspecto da fruta, mas pode comprometer o desenvolvimento das plantas. A Xanthomonas campestris pv. Viticola é conhecida como Cancro-Bacteriano da videira, uma doença que provoca lesões que comprometem folhas, ramos e frutos, podendo levar à morte da planta quando não controlada.
De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), os primeiros sintomas aparecem nas folhas, sob a forma de pequenos pontos escuros de 1 a 2 milímetros de diâmetro, com ou sem halo amarelado ao redor. Essas manchas podem se unir e causar a necrose de grandes áreas do tecido foliar.
Nos ramos, nervuras e cachos surgem manchas escuras e alongadas que evoluem para fissuras de coloração negra — os chamados cancros. As bagas (frutos) tornam-se irregulares em tamanho e cor, podendo apresentar áreas necróticas. O monitoramento constante é essencial durante todo o crescimento da planta.
A identificação precoce de focos permite adotar medidas de contenção e impedir que a doença se espalhe. Entre as principais ações de controle estão o uso de mudas sadias, a eliminação de ramos infectados e a desinfecção das ferramentas após o uso em plantas doentes. O Cancro-Bacteriano é tradicionalmente registrado nas regiões de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), polos produtores do Vale do São Francisco. O transporte de material vegetativo dessas áreas para outras partes do Brasil é proibido, justamente para evitar a disseminação da doença.
Faern reforça que doença é controlável
Em nova nota divulgada nesta quarta-feira (12), a Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Rio Grande do Norte (Faern) afirmou que acompanha “com atenção” a confirmação da presença da praga quarentenária Xanthomonas campestris pv. viticola no Estado. Conhecida como “cancro da videira”, a bactéria foi identificada pela primeira vez em 1969, na Índia, e chegou ao Brasil em 1998, no Vale do São Francisco. Em 2001, foi detectada no Ceará e, desde então, também tem registros em Roraima.
A entidade ressaltou que o cancro da videira não oferece risco à saúde humana nem compromete o consumo das frutas, por se tratar de uma doença vegetal restrita à planta. Embora não exista cura conhecida, a Faern destacou que a praga é conhecida e controlável, desde que sejam adotadas práticas adequadas de manejo e erradicação dos focos.
A Federação recomenda que os viticultores adquiram mudas sadias com Certificado Fitossanitário de Origem (CFO), higienizem regularmente ferramentas e equipamentos e comuniquem ao Idiarn qualquer suspeita de contaminação.
Por fim, a Faern reforçou que estados vizinhos já convivem com a doença há anos sem prejuízos significativos à expansão da viticultura e que segue acompanhando o caso “em parceria com entidades técnicas e autoridades agrícolas, assegurando o diálogo e o suporte necessário aos produtores potiguares”.